Coligações
É difícil a essa altura do campeonato saber quem irá coligar com quem em Camaquã nas próximas eleições municipais. Afora a boataria, felizmente ou não, normal nesta época, o que se pode fazer são deduções frente aos fatos ocorridos no dia a dia.
Eu como integrante do Programa Controle Geral (Rádio Camaqüense), onde participo como comentarista colaborador, fico observando e tirando conclusões daquilo que lá os políticos camaqüenses falam ou deixam de falar. Comentários nos bastidores também são subsídios a considerar em qualquer avaliação.
Pois é, neste andar que vejo algumas declarações das quais dá perfeitamente para deduzir com qual partido existe alguma possibilidade de coligação, mas principalmente de que partido ou candidato não tem a menor chance de haver uma união ao enfrentamento do pleito de outubro de 2016. Observem que no sábado passado o Secretário da Saúde Robson Marques através de pronunciamento em defesa da sua pasta, atacou veementemente o Partido dos Trabalhadores em razão da carência dos repasses estaduais, culpando o Governo Tarso Genro, o que achei normal frente a antipatia do PP Gaúcho pelo PT, o que, aliás, a recíproca é verdadeira.
A surpresa foi quando atacou com a mesma intensidade o partido que ocupou a vice governança e deteve inúmeros cargos no Governo passado. Ora, não foi por mero acaso que o Secretário lembrou de tal composição política, pois é comum as pessoas esquecerem daqueles que usufruem do poder em tal condição, havida sempre sem o desgaste do titular e correspondente partido.
A propósito, o PSB é aliado do Governo Sartori ocupando vários espaços na administração do Estado, ou seja, de uma forma ou de outra, permaneceu no poder executivo estadual. Bem, a leitura que faço de tal situação é a certeza da impossibilidade do PP – tendo a frente o titular da Saúde como candidato a prefeito – efetivar qualquer composição com o pretendente do mesmo cargo pertencente ao Partido Socialista Brasileiro. No mais, pelas últimas nomeações realizadas pelo Governo Machado, não tenho dúvidas que o PMDB irá manter-se coligado com os Progressistas, circunstância que não se pode dizer dos Democratas.
Ainda, dos demais partidos tidos como de oposição, parece que há ou havia um namoro entre PDT e PSDB, embora não se pode afastar entendimentos dos pedetistas com o PT, apesar de também ter como certo a inviabilidade, no atual quadro, de composição dos trabalhistas e, de igual sorte, dos petistas com os socialistas referidos anteriormente.
Por fim, permanece a incógnita das demais siglas, tidas como pequenas, das quais se não houver nenhuma reação em face das pessoas que figurarem como candidato a majoritária, serão meros coadjuvantes no processo eleitoral vindouro, sem contar aquelas que já fazem parte do atual Governo e poderão ficar como estão ou migrarem para outra candidatura.
NEGÓCIO DA CHINA
A cidade está agitada acerca da utilização por terceiros da área de terras outrora doada aos Chineses no Município de Camaquã, RS, como se sabe, depois devolvida pelos estrangeiros, que infelizmente não lograram êxito no negócio. Há fortes acusações de que a propriedade estava sendo usada à pecuária, mais precisamente com gado bovino e de porteira fechada (através de cadeados) como se propriedade privada fosse, naturalmente de forma absolutamente ilícita, pois bem de domínio público não pode ser explorado economicamente sem respaldo legal.
Tudo indica ser indiscutível a permanência indevida no local; e, por outro lado, a incerteza está quem são os proprietários dos animais, no caso, os invasores ocupantes das terras da Municipalidade (ou não?). A população aguarda ansiosa o desenrolar dos fatos ao competente esclarecimento. Em ação o Poder Legislativo, o Ministério Público e a Polícia Civil. Aguardemos!
Para você Pensar:
“Contra fatos não há argumentos.” (Provérbio Português)