As dificuldades do nosso Hospital
O Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã é uma Instituição Filantrópica que luta no dia a dia pela sobrevivência. A segunda onda do Coronavírus, já se fala até em terceira, e os reflexos nos pacientes com Covid-19 sufoca de maneira sem precedentes todos os protagonistas do setor da Saúde, sobretudo, porque ninguém imaginava o teor deste repique em todos os seus aspectos. Mais do que isso. Infelizmente, não há atenuantes para essa situação no horizonte, e precisamos oferecer soluções urgentes para estancar a insolvência do setor, por diversas razões, dentre as quais a baixa remuneração oferecida pelo governo para ressarcimento dos atendimentos via SUS, aqui mais de 80% dos que procuram a Instituição. A contratualização dos serviços prestados pela Instituição feita com o Estado se mostra deficitária em todos os setores e os valores pagos para a manutenção da UTI por estado e Governo Federal é insuficiente para manter os serviços. Daí, o desabafo emocionado do Presidente da Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã nas redes sociais, José Almiro Chagas Alencastro, trazendo as dificuldades que acumulam prejuízos diários, e, a continuar assim teremos um desfecho desfavorável para a região, mas principalmente para a nossa população. No caso da Covid-19 o aumento do número de casos, redução na idade dos pacientes e maior gravidade em todos os marcadores da doença, sugere, sem comprovação científica, que este vírus se fortalece em grande escala, contrariando para pior a mais pessimista expectativa. Outros contornos dessa crise sanitária precisam ser apontados de maneira clara e sem rodeios: a falta de medicamentos – com o consequente desabastecimento -, e o aumento de preços que aconteceu no fim da primeira onda, por volta de setembro passado. Agora, lamentavelmente, essa realidade está bem na nossa cara já nesta segunda onda. “Os Hospitais filantrópicos não têm condições de manter o nível de atendimento quer seja ao Sistema Único de Saúde (SUS) e/ou particular porque um grande número de usuários está deixando os planos de saúde e engrossando as filas do SUS, sobrecarregando o atendimento nesse âmbito que já se encontra saturado em função da disparidade entre custos e pagamentos”. Na última edição do Controle Geral o Presidente José Almiro, O Diretor de Controladoria Cleber Dornelles e o Diretor Financeiro Célio Affeldt, da Instituição, esmiuçaram as dificuldades que estão deixando o nosso Hospital com um Déficit ao redor de R$ 4 milhões de reais e com tendência a aumentar se algo não for projetado para um futuro bem próximo. Há necessidade de união de todas as forças vivas para que nosso Hospital sobreviva. Devemos estar conscientes desta realidade e da nossa necessidade de manter a instituição.
Prá você pensar:
“Hospital é sempre hospital: não é lugar de alegrias, também não é de tristezas, mas de esperança”. (do livro Violetas Na Janela)