Servidores federais discutem greve geral para fevereiro
Os funcionários públicos também aprovaram paralisações para janeiro em reunião do Fonacate
Na última quarta-feira (29), o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Foncate) aprovou um calendário de mobilizações dos servidores públicos federais por reajuste salarial. Além disso, as entidades associativas e sindicais também discutem uma greve geral em fevereiro de 2022.
De acordo com o nota publicada pelo Foncate, as mobilizações serão feitas como uma forma de pressão ao governo Bolsonaro.
“O único a não conceder reajuste geral ao funcionalismo federal nos últimos 20 anos”, segundo as entidades sindicais.
O Foncate congrega mais de 37 entidades associativas e sindicais, e representando cerca de 200 mil servidores públicos. Os funcionários são ligados a órgãos como Itamaraty, Tesouro Nacional, Receita Federal, Ministério do Trabalho, Controladoria-Geral da União.
Para Paulo Guedes, ministro da Economia, um eventual reajuste amplo dos servidores poderia “quebrar o país”. Ele pediu apoio em Brasília contra os reajustes.
Conforme o calendário publicado, as duas primeiras semanas de janeiro devem ser destinadas a assembleias setoriais, negociações com os órgãos competentes e outras formalidades. Também são indicadas entregas de cargos comissionados de lideranças, para pressionar pelos salários.
Nos dias 18, 25 e 26 de janeiro, estão marcadas mobilizações nacionais, que devem incluir paralisações. Caso as negociações avancem, as paralisações seriam canceladas antes. A potencial greve geral, de prazo indeterminado, está em discussões.