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Funcionários dos supermercados foram coagidos a assinar acordo, afirma advogada

“No dia em que levaram o abaixo-assinado para o Sindicato, choveu mensagens no Whatsapp da presidente, dizendo: fomos forçados a assinar”, disse Roberta Magalhães durante o programa Controle Geral deste sábado


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 09/12/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Na manhã deste sábado (08), Roberta Magalhães, advogada do Sindicato, participou do programa Controle Geral, apresentado pelo advogado Alvorino Osvaldt. A advogada falou sobre a abertura dos supermercados nos domingos, que foi tema de Audiência Pública na sexta-feira (07).

Roberta falou da preocupação do Sindicato sobre o assunto, “a preocupação do Sindicato é o não cumprimento da Legislação”, comentou. Durante sua participação, ela comentou que atua como advogada do Sindicato desde 2014 e, durante esse período percebeu que o índice de descumprimento da legislação trabalhista pelos grandes supermercados é muito alto.

Leia também: Como a abertura dos supermercados aos domingos e feriados pode impactar os camaquenses

Ela informou que o Sindicato faz denúncias sobre esses descumprimentos de lei, mas comentou também, que algumas redes de supermercado acabam coagindo os funcionários a não testemunhar, alegando que depois não vão conseguir trabalho em outras redes.  

Segundo Roberta, quando eles negociavam o domingo, era negociado um pagamento pelo domingo e uma folga. Com a atual legislação, o empregador não vai precisar pagar o domingo como um dia extra. 

“No dia em que levaram o abaixo-assinado para o Sindicato, choveu mensagens no Whatsapp da presidente, dizendo: fomos forçados a assinar”, relatou a advogada. Segundo ela, a preocupação do Sindicato é até onde essa é uma vontade do trabalhador. 

Ela comentou que percebeu que havia um número expressivo de trabalhadores na Audiência, mas que enquanto falava, notou que alguns deles faziam movimentos leves com a cabeça, em sinal de concordância. “Eu não sei se eu não estaria lá com cartazinho se toda a subsistência da minha família estivesse em jogo”, comentou. “Eu estou preocupada com o funcionário, que depois pode não ter seu direito preservado”, complementou.

 Acompanhe a entrevista completa a partir das 2h18min de transmissão: 


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