Fundo estrangeiro pode viabilizar fumageira de grande porte em Camaquã, afirma proprietário
José Machado, sócio proprietário e diretor da Canarana Agro Comercial, concedeu entrevista exclusiva para falar sobre possível vinda de fumageira para Camaquã
Na manhã desta quinta-feira, 22 de julho, o programa Bom Dia Camaquã seguiu debatendo, com exclusividade, o principal tema ligado à política local nos últimos dias: o Projeto de Lei nº 12, que autoriza a doação de área pública e a concessão de incentivo empresarial à Canarana Agro Comercial do Brasil Importação e Exportação de Fumo. Clique aqui e confira o projeto.
O projeto elaborado pelo Poder Executivo concede uma área de 13 hectares para a construção de uma fumageira de grande porte. Nas últimas semanas, o tema se tornou o centro dos debates na Câmara de Vereadores e por este motivo, o diretor aceitou participar do programa para esclarecer alguns pontos ainda alvos de questionamentos pelo vereadores.
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No começo da fala, Machado afirmou que a empresa foi criada em 2015 com a intenção de trabalhar como distribuidora de cigarros. “Como a gente fez as tratativas junto a uma fábrica e não houve avanço, a empresa ficou parada”, conta.
Em 2017, começou a ser construído um projeto para montar uma linha de industrialização para exportar o fumo já beneficiado. “Começamos a fazer estudos sobre logísticas, incentivos, para dar andamento no projeto”.
Iniciado em Cerro Grande do Sul, o projeto foi realocado para Camaquã em virtude do fácil acesso, proximidade do Porto de Rio Grande, a mão de obra qualificada e pelo espaço, que neste caso, tem como principal foco para instalação o Distrito Industrial de Camaquã.
Em 2020, sob uma nova inscrição estadual, a empresa começou a operar e conseguiu um incentivo do Estado do Rio Grande do Sul. Após, foi solicitado o incentivo do município, em forma de terreno para construção de uma fumageira de grande porte.
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Em primeiro momento, segundo José Machado, o investimento inicial era estimado em R$120 milhões, mas, em virtude do aumento dos materiais durante a pandemia de Covid-19, a previsão é de um investimento de R$170 milhões de reais para a instalação da fumageira.
O sócio proprietário contou que a previsão para o primeiro ano é de rendimento de R$100 milhões, com geração de mais de 150 empregos diretos com a operação em apenas um turno. Com a operação podendo ser expandida para dois turno, o número de empregos pode dobrar.
Com relação a origem do investimento, principal polêmica acerca do tema, José contou que inicialmente, era previsto o incentivo junto à agência financeira do Brasil. O empresário contou, em primeira mão ao Clic Camaquã, que a fonte da verba foi alterada e que já tem a aprovação de um Fundo Internacional de investimento para viabilizar a construção da fumageira.
Segundo ele, o Fundo arcaria com todos os custos para que a empresa pudesse “sair funcionando”, com pagamento do investimento iniciando três anos após o início da operação.
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Questionado sobre a tramitação do projeto, Machado alegou não entender os questionamentos feitos por alguns vereadores. Segundo ele, não há possibilidade de dano algum ao município, tendo em vista que o contrato prevê o retorno automático do terreno ao município caso a construção não inicie em um ano ou caso as metas estabelecidas não sejam atingidas.
Acompanhe a entrevista completa e saiba mais sobre o projeto:
Como membro da Comissão de Orçamento, Finanças e Controle Externo e relator do projeto, o vereador Profº Claiton Silva, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), participou do programa e falou sobre a tramitação do mesmo. Clique aqui e confira a participação.
Logo na sequência, o vereador Vitor Azambuja (PP) participou do programa e trouxe uma denúncia sobre o caso. Clique aqui e confira.
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