Fafec recebe 5 mil visitantes da região nos seus cinco dias de evento
Mais de 5 mil pessoas – a maioria agricultores – visitaram a 7ª Feira da Agricultura Familiar da Região Centro-Sul ( Fafec). O evento, que integra a ExpoCamaquã, foi aberto na quarta-feira (8), quando recebeu as primeiras delegações de agricultores originárias do interior de Camaquã e de cidades vizinhas.
Sob a coordenação do chefe regional da Emater/Ascar-RS Luis Bohn, a feira ofereceu aos produtores rurais familiares uma série de estações temáticas com demonstrações de diversos tipos de produção. Entre elas estiveram a horta agroecológica com variedade de cultivos, mostra da biodiversidade e de sementes crioulas, tanques de piscicultura, ovinocultura com demonstração prática de tosquia por visitantes, área de conservação do solo e incentivo à fruticultura. Na parte de irrigação foram destacados o carneiro hidráulico e a cisterna.
A Emater envio para Fafec este ano um total de 45 servidores, que apresentam práticas e conversaram com os visitantes, orientando-os para a sustentabilidade econômica, ambiental e social da propriedades. Uma das estações que mais atraíram o interesse dos visitantes foi a ovinocultura e o artesanato com lã de ovelha. Os técnicos Fernando Castro, de Barra do Ribeiro, e João Luiz Ferreira, de Butiá, falaram sobre a criação de ovelhas na pequena propriedade, como suporte para a sustentabilidade. Eles deram demonstrações de tosquia e de casqueação. . Já o artesanato em lã mostrou aos visitantes as diversas opções, como o tingimento com ervas medicinais como a macela e a camomila, a erva-mate e a casca de cebola.
Durante a semana, a Fafec também recebeu a visita de índios guaranis, que vivem em Barra do Ribeiro. Foi a primeira ida deles à feira. Segundo o cacique Maraíno Garaí, da aldeia Guapo/Y, os indígenas vieram conhecer para plantar e criar nas aldeias.
Com relação a irrigação, um sistema de baixa pressão foi uma das novidades do evento deste ano. O sistema foi instalado para mostrar que é possível o agricultor fazer irrigação de pequenas áreas sem a utilização de bomba, usando apenas a gravidade. A facilidade para montagem e operação e o baixo custo de instalação e manutenção são fatores que chamaram a atenção dos agricultores. Esse esquema pode ser complementado pelo carneiro hidráulico, que bombeia a água sem força motriz externa. O carneiro é colocado a dois metros abaixo do nível da fonte e bombeia água noite e dia através de golpes. O sistema não utiliza energia elétrica, apenas gravidade.
Proteção de fontes
Os visitantes também receberam informações de como se ter água de qualidade nas propriedades, através da contenção dos mananciais hídricos. Para isso foi recomendada a utilização de pedras, areia e tijolos, que filtram a água, e de mangueira e lona plástica, podemos proteger a fonte de água para casa, sem que animais, insetos ou germes contaminem essa água. Essa estação teve como responsável o engenheiro agrônomo Mauro Heitor Tedesco, da Emater de Camaquã. .
