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A persistente Ália Iaassoub Farias


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 16/01/2023
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Diretora da Passo a Passo Calçados fala sobre as dificuldades enfrentadas no início da empresa que as fortaleceram para construir a mais tradicional loja de calçados de Camaquã.

Persistência. Esta é a palavra que define a trajetória de sucesso da empresária Ália Iaassoub Farias, 60 anos, e da empresa que é dona, a Passo a Passo Calçados. A camaquense nascida em 31 de janeiro de 1962 é a segunda filha do libanês Iehia Mohamad Iaassoub, conhecido popularmente por José e de Leda Conceição Iaassoub, filha da sobrinha neta do General Bento Gonçalves da Silva.

Assim como os quatro irmãos, Ália começou muito cedo a trabalhar. Com seis anos de idade, já levava o almoço do pai na loja fundada por ele, na esquina da avenida Olavo Moraes com a rua Júlio de Castilhos, a extinta Casa São Paulo: “A gente morava no final da Júlio de Castilhos e eu ia a pé, pequeninha, levar o almoço do pai. Era uma das poucas lojas da cidade que não fechava ao meio dia”.

Mais baixa que o próprio balcão, Ália passou a ajudar Seu José nas vendas da loja de confecção e foi daí que surgiu o amor pelo comércio: “O meu pai foi a minha escola de vida, a minha faculdade. Quando ele ia a São Paulo, Caxias do Sul, para fazer compras para a loja, eu sempre o acompanhava”, lembra a empresária.

Ália cresceu, e com ela, a vontade de ter uma loja própria. Em 1984, aos 22 anos, casou-se com o jovem Marcus Luis Rocha Farias, 20 anos, que trabalhava no setor de Recursos Humanos da empresa Helmut Tessmann. Eles foram morar de favor na casa da avó de Marcus: “A maioria dos móveis era emprestados. Lembro que com muito esforço a gente comprou o quarto e a sala. Foram tempos bem difíceis”, relembra.

Com poucos recursos, ela adquiriu de um casal, que estava de mudança para Porto Alegre, uma pequena loja de artesanato localizada ao lado da empresa do pai: “Lembro que tinha uma máquina de costura e eu fazia almofadas, cestinhas de bebês e com o dinheiro que eu ganhava eu ia pagando a compra da loja”.

O jovem casal passou por momentos difíceis no começo do casamento após Marcus ser demitido do emprego. Mas com seu talento e simpatia, rapidamente ingressou como vendedor na extinta empresa Icape, concessionária de caminhões Mercedez Benz, e a vida mudou para melhor.

A loja de artesanato não estava fazendo Ália feliz e em 1986 surge a oportunidade de comprar o ponto de uma das lojas do pai, que ficava localizada na Olavo Moraes, em frente à Prefeitura e ao lado das Lojas Pompéia, onde hoje funciona uma farmácia: “Lembro que compramos o ponto do meu pai, embarcamos no nosso Fiat 147 rumo a Novo Hamburgo para comprar calçados. Voltamos carregados com as primeiras mercadorias da Passo a Passo Calçados. Tudo comprado no talão de cheques, parcelado”, lembra a empresária.

Após ajudar o pai na mudança da loja para um prédio próprio, localizado na Júlio de Castilhos, no dia 29 de dezembro de 1986, após o Natal, o casal abre as portas da loja de calçados: “Lembro que eu deixava nas prateleiras o par de calçados ao lado da caixa vazia, para dar volume, pois tínhamos pouco estoque”, relembra o começo.

Ália recorda de um sábado à tarde, logo quando abriram a empresa, recebeu a visita de uma mulher que não comprou nada, apenas fez uma dura crítica: “Lembro como se fosse hoje, ela disse assim: — O que tu faz com essa loja aberta ao lado da Pompéia? Vocês não vão aguentar”.

A empresária afirma que a crítica foi um estimulo para seguir em frente. E foi com o vizinho concorrente que surgiram as grandes parcerias e oportunidades: “Tenho muito a agradecer os amigos Carlão e Rosane da Pompéia. Eles passaram a indicar a Passo a Passo Calçados para os fornecedores. Na época era uma dificuldade receber a visita deles. Aos poucos conseguimos crédito e ampliamos a loja.”

Mãe e empreendedora

Em 1988, nasce a primeira filha do casal, Jessika, que no começo da firma, dormia entre as caixas de sapatos durante o expediente da mãe. Dois anos depois, nasce a segunda filha, Stephanie, e o apoio da família foi fundamental para a continuidade dos negócios: “Minha sogra me ajudou bastante. Eu levava a Jessika para a casa dela e a Stephanie, que era menor, ficava comigo no bebê conforto em cima do balcão”.

Nesta mesma época, Marcus, que seguia na Icape, questiona Ália para fecharem a empresa, pois estava tirando boa tarde do próprio salário para colocar na empresa, que não decolava: “Eu respondi ao Marcus com outra pergunta. Quem sabe tu vem me ajudar?”, foi ai que ele decidiu deixar a empresa onde trabalhava como empregado para assumir as rédeas da empresa junto com Ália.

A expansão e a inclusão dos filhos no negócio familiar

No começo da década de 90, muitos empresários buscaram abrir negócios em Pelotas. Ália e Marcus também. Em 1992, eles venderam um Chevrolet Monza que tinham e com o dinheiro resolveram expandir na Zona Sul do Estado abrindo uma filial. Com uma Ford Belina emprestada do sogro e grávida do terceiro filho, Wagner, Ália levava mercadoria de Camaquã para Pelotas semanalmente. Os negócios não foram bem e acabaram fechando a filial.

No retorno a Camaquã, surge a oportunidade em adquirir um ponto para abrir uma nova loja. Com dinheiro emprestado do sogro, Manoel Farias, em 1º de dezembro de 1997 nasce a Passo a Passo Sport Line, empresa voltada a artigos esportivos. Uma loja pensada pelo casal para a inclusão dos filhos no negócio familiar.

A empresária lembra que na época surgiram muitas redes do segmento de calçados, ampliando a concorrência e diminuindo o poder de barganha na hora da compra dos fornecedores: “Não tinha como competir. As redes eram mais poderosas e conseguiam vantagens na hora da compra que nós pequenos não tínhamos condições de conseguir. Foi aí que, em 2008, ingressamos na Associação de Lojas de Calçados, hoje conhecida como Rede Mundi, e unidos com dezenas de outras pequenas lojas pelo Estado e pelo Brasil passamos a contar com as mesmas vantagens das grandes empresas”, destaca a empresária.

A sucessão familiar

Assim como Ália, os três filhos do casal também foram criados atrás de um balcão de loja, vivenciando os desafios do comércio: “Desde pequenos eles vivem no comércio. Na época, depois do colégio, da faculdade, eles viam pra cá para trabalhar. E hoje estão ao meu lado para administrar”, afirma.

A ideia inicial do casal era parar os negócios após a formação dos filhos, para aproveitar a vida em família, mas os sucessores não concordaram pois queriam seguir o legado dos pais. A partir daí, a empresa realizou uma consultoria para preparar a continuidade do negócio com os filhos. E no projeto, a expansão. Em 2019, abre uma nova loja do grupo familiar em São Lourenço do Sul, a Mundi Sports, especializada em artigos esportivos.

A perda de Marcus

Em meio a pandemia do Coronavírus, a família Iaassoub Farias teve uma grande perda no ano de 2021. Todos pegaram o vírus da doença, mas Marcus foi uma das vítimas fatais, enlutando não somente a família, mas a comunidade empresarial de Camaquã: “Foram 28 dias de muito sofrimento. Perdemos um pai incrível, um homem respeitoso. Nada mais será completo como antes”, lamenta Ália.

Juntos, Ália e Marcus construíram uma história de sucesso e muito amor em família: “Sozinha eu não chegaria onde cheguei. Eu precisei tanto de apoio. Sou grata a todas as pessoas que ajudaram, principalmente as que trabalharam nas nossas empresas”.


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