Pedágios: Ministério dos Transportes apresenta proposta de prorrogação do contrato com a Ecosul
O ministro Renan Filho indicou que o valor poderia cair para algo em torno de R$ 9, mas sem novas obras, com prorrogação até 2029
O Ministério dos Transportes apresentou, em reunião na terça-feira (6), uma proposta de prorrogação do contrato da Empresa Concessionária de Rodovias do Sul – Ecosul, dona da concessão do Polo Rodoviário de Pelotas, com cinco pedágios. De Camaquã à Rio Grande, por exemplo, são três pedágios da empresa.
A proposta apresentada tem como objetivo prorrogar o contrato até 2029 e, com isso, diluir o valor das tarifas, podendo ser reduzida para algo em torno de R$ 9,00, mas sem novas obras.
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O contrato atual encerra em março de 2026.
Os deputados federais Daniel Trzeciak (PSDB), Alexandre Lindenmeyer (PT), Afonso Hamm (PP), Alceu Moreira (MDB) e Pompeo de Mattos (PDT) participaram da reunião e, segundo a colunista Rosane de Oliveira, da GZH, esboçaram reações divididas sobre a proposta. De um lado, uma parte dos parlamentares considerou razoável a iniciativa. Outros deputados, porém, sinalizaram que preferem esperar até 2026, quando se encerra a concessão.
Lindenmeyer acredita ser necessária uma audiência pública antes de definir uma posição definitiva. Já Trzeciak, em vídeo publicado nas redes sociais, afirma que não é uma proposta razoável levando em consideração o histórico da concessão. Ele chega a afirmar que o valor deveria cair para R$ 2,00. Em plenário, Pompeu de Mattos também demonstrou sua contrariedade dizendo que a região de Camaquã e Pelotas está sofrendo com os altos valores.
Em dezembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou reajuste de 28% no pedágio da Ecosul, fazendo com que a tarifa para carros subisse de R$ 15,20 para R$ 19,60. O aumento causou indignação e protestos de políticos e empresários.