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Pesquisa inédita apresenta a mais antiga forma de vida encontrada no Rio Grande do Sul

Aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Unisinos é a responsável pela descoberta. A pesquisa foi publicada na Scientific Reports/Nature, uma das mais renomadas revistas científicas do mundo


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 10/07/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Armazenadas no Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), mais de 20 lâminas para microscopia preservam o resultado de uma pesquisa até então inédita no Estado. Divulgado nesta semana em artigo publicado na revista científica Scientific Reports/Nature, o estudo elaborado pela geóloga Ilana Lehn, em conjunto com os pesquisadores Rodrigo Horodyski e Paulo Sérgio Gomes Paim, apresenta os micro-organismos formados por uma única célula mais antigos já encontrados no Rio Grande do Sul.

Imperceptíveis a olho nu, são detectáveis com o auxílio de microscópio e podem ser vistos em detalhe em microscópio eletrônico, quando se alcança um aumento de até 700 mil vezes. Os fósseis corpóreos encontrados existiram no período Ediacarano — compreendido entre 630 e 542 milhões de anos atrás. Apesar de ainda não ser possível associá-los à nenhuma espécie, Ilana explica que eles se aproximariam do que hoje são as algas. 

Isadora Neumann / Agencia RBS

A geóloga Ilana Lehn mostra um dos micro-organismos em detalhe, com o auxílio de microscópio que aumenta o tamanho até 700 mil vezes. Foto: Isadora Neumann / Agencia RBS

— Mesmo depois de 600 milhões de anos, a matéria orgânica desses organismos ficou preservada nas rochas, sem serem substituídos por outro material, algo pouco comum no processo de fossilização — ressalta a pesquisadora.

Para o estudo, Ilana, que pesquisa a vida existente em antigos ambientes envolvidos no processo de formação das rochas sedimentares da Bacia do Camaquã, no Pampa gaúcho, percorreu o entorno de Caçapava do Sul em busca de peças que pudessem comprovar a existência de vida no período. A região foi escolhida por ser uma zona que abriga registros em suas rochas de antigos ambientes de sedimentação, como mares, lagos e rios.

Com o auxílio de equipamento de laminação, a pesquisadora extraiu das rochas lâminas extremamente finas, cada filete tinha 30 micrômetros de espessura — um micrômetro é a milésima parte de um milímetro. Depois de analisar em microscópio ótico os detalhes físicos das rochas, Ilana partiu para a identificação dos microfósseis presentes nas pedras. Usando técnicas da palinologia (estudo de microfósseis orgânicos ou palinomorfos) e dois diferentes tipos de ácidos, ela extraiu os micro-organismos das rochas estudadas. 

— Esta é a evidência mais antiga de fóssil corpóreo até o momento encontrada no Rio Grande do Sul, que são os chamados acritarcas. Esta evidência é importante não só por ser o primeiro gauchinho, uma brincadeira nossa, mas por ser a primeira forma de vida desta idade registrada no Estado — explica Ilana. 

Orientador da pesquisa de Ilana e coautor do artigo publicado na revista internacional, o geólogo Paulo Sérgio Gomes Paim confirma que a constatação feita pela pesquisadora é inédita no Rio Grande do Sul. 

— É a primeira vez que encontramos organismos dessa idade no Estado e com composição orgânica ainda preservada. A evolução da vida é um dos temas mais importantes para conhecermos o nosso passado e pensarmos o nosso futuro. Por isso, a importância deste achado — salienta o orientador. 

De acordo com Ilana, o mundo há muito discute a evolução e as primeiras formas de vida no planeta. Em Minas Gerais e Mato Grosso já há estudos abordando a questão, assim como nos vizinhos Argentina e Uruguai. Agora, com a descoberta realizada nos laboratórios da Unisinos, a Bacia do Camaquã passa a ser relacionada a diferentes localidades no mundo onde micro-organismos como estes já foram encontrados. 

Isadora Neumann / Agencia RBS

Micro-organismos ficam armazenados em lâminas e são imperceptíveis a olho nuIsadora Neumann / Agencia RBS

A geóloga destaca também a relevância do estudo por confirmar a presença de vida naquele período não apenas em ambientes marinhos, mas também em lagos. Ele certifica a ideia desenvolvida em outros países que sustentam a existência já naquele período de organismos vivos também fora do mar. Ilana aponta que o tema está ainda mais em foco devido à Astrobiologia, área de estudo que se utiliza do estudo das primeiras formas de vida na Terra em busca de indícios de vida em outros planetas. 

A partir de setembro, a pesquisadora da Unisinos embarca para os Estados Unidos, onde continuará aprofundando a pesquisa de seu doutorado na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara. Ela terá o apoio de paleontólogos especializados em fósseis da idade dos que foram identificados no Rio Grande do Sul. Junto, como tem dito, carregará em lâminas os primeiros “gauchinhos” encontrados no Estado. 


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