Camaquense lança EP de estreia com oito canções autorais
Guilherme Sadoski, natural de Camaquã, pode ser encontrado nas plataformas digitais, como o Spotify, a Apple Music e o Deezer
No universo musical brasileiro, dominado pelo estilo sertanejo, quando surge algo diferente e com uma qualidade acima do normal, automaticamente se destaca. Chama a atenção. Aqui ou em qualquer outro canto.
O caso mais recente é o do Guilherme Sadoski, 37 anos, que está lançando o seu EP de estreia, com oito canções autorais, pop rock inspirado em seus heróis do final do século passado: Renato Russo, Cássia Eller, Cazuza, as bandas dos anos de 1980 e 90… “E inúmeros outros nomes”, diz ele, “mas sempre os grandes poetas. Eles fizeram a verdadeira revolução”.
O EP, na verdade, tem funcionado como uma espécie de cartão de visitas. Mas um cartão de visitas muito bem feito, com carinho, lapidado durante os últimos dois anos – e com o cuidado especial do Daniel Schwenbger, da Múltipla, a produtora. “Esse EP”, continua Gui Sadoski, “consolida-se como a apresentação de meu trabalho inicial. Ainda estamos completando o álbum para realizar o lançamento”. Por enquanto, ele pode ser encontrado nas plataformas digitais tipo Spotify, Apple Music, Deezer, etc. “Ele impulsionará o álbum que está nascendo, ao mercado. O EP nada mais é do que uma prévia do trabalho que estamos realizando, focados em alcançar o longe.”
Sadoski começou na música de uma forma um tanto inusitada. Ele mesmo é quem conta: “Eu tinha uns 6 ou 7 anos… Existia uma promoção onde você comprava um salgadinho e dentro vinha um brinde, tipo um bate-bate, um peão, um jogo de damas (risos)… Eu e meu irmão mais novo ganhamos um salgadinho destes. No meu veio um bate-bate. No do meu irmão, uma flauta doce. Eu nunca tinha visto um instrumento musical até então, foi amor à primeira vista.”
Natural de Camaquã, ele mora em Santa Cruz do Sul há exatos 15 anos e diz que ama a cidade. “Já morei em vários lugares do Brasil, sempre perseguindo um sonho, e os caminhos que percorri me trouxeram para esta incrível cidade.”
No disco, além dele, na voz e violão, e do Daniel, nos teclados, tocam o Lothar Haini Tews Júnior, nas guitarras, e o Eduardo Oldenburg, na bateria. Quando o trabalho, segundo ele, estiver completo, com o incremento de outras gravações para virar um CD mais encorpado, haverá, sim, um grande show de lançamento.
Por enquanto, Gui curte a boa receptividade do EP. Apesar do domínio sertanejo, suas músicas estão entre as cem mais tocadas do Estado – segundo o site Connectmix –, principalmente na região metropolitana, em Camaquã e em Pelotas.
“Esse álbum retrata o sonho, as dificuldades e o trabalho de todos os músicos independentes. Hoje eu agradeço pelo reconhecimento e espero poder alcançar a todos com minhas músicas. E levar esperança para outros músicos que, com muita determinação, também não desistem de seus sonhos.”
As músicas
- Tempestade furacão
- Resgate
- Queimando as nuvens
- Para que a liberdade
- Não posso mais
- Menina linda
- Não vejo a hora
- Abel e Bel