Situação da biblioteca municipal no Forte Zeca Netto é alvo de críticas
Prédio abriga cerca de 14 mil livros e está com goteiras e outros problemas estruturais; Situação do Sitio Água Grande também é questionada por defensores da cultura local

Há semanas a redação do Clic Camaquã recebe reclamações da população quanto ao estado em que se encontra o espaço da Cascata Barbosa Lessa, no interior de Camaquã. O pesquisador e poeta camaquense, Catullo Fernandes, falou sobre este e outros assuntos no programa Controle Geral do último sábado (13), na Clic Rádio.
Segundo Catullo, os livros da biblioteca de Barbosa Lessa foram empacotados e depositados em uma sala no Forte Zeca Netto, no Jardim do Forte. O motivo, segundo ele, é o péssimo estado que se encontra a estrutura do Sítio Água Grande, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura. Suas críticas foram direcionadas principalmente ao ex-secretário Clayton Dworzecki.
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O atual estado da Biblioteca Pública Municipal Oswaldo Lessa da Rosa e do Forte Zeca Netto também preocupam. De acordo com o poeta, “chove dentro da biblioteca”, onde se encontram cerca de 14 mil livros.
Atualmente, Catullo preside a Associação Amigos da Água Grande, entidade cultural com mais de 17 anos de atuação na preservação da história de Camaquã e memória do escritor e pesquisador Barbosa Lessa, “camaquense adotivo”, que viveu no Sítio Água Grande, onde está localizada a cascata que leva seu nome.
Nesta sexta-feira (19), às 19h, ocorre a inauguração do Ponto de Cultura da Associação Amigos da Água Grande, outorgado no final de 2023 pelo governo gaúcho. O evento será realizado no quiosque do Luau Chão de Estrelas, no Verdes Campos Lazer & Eventos. No local, a direção da empresa cedeu uma área para a instalação do futuro Memorial Barbosa Lessa, com objetivo de preservar a história.
Camaquã Terra Farroupilha
Em sua participação, Catullo Fernandes também relembrou o título de “Terra Farroupilha” recebido por Camaquã em 2014 na Assembleia Legislativa do RS, após lei sancionada pelo então governador Tarso Genro (PT). Segundo o poeta camaquense, “é preciso tirar o projeto do papel”. Neste ano completam 10 anos do título.
A ausência de um calendário com programações culturais para o aniversário de 160 anos do município, que ocorre no dia 19 de abril, próxima sexta-feira, também foi criticada pelo poeta.
Há alguns dias, houve troca de representante na pasta da Cultura em Camaquã. Clayton Dworzecki saiu e Varlei Magalhães assumiu o cargo na Secretaria do Desenvolvimento, Inovação, Cultura e Turismo. Com isso, Catullo se demonstrou mais esperançoso e desejou sucesso ao novo secretário.
Projetos
Catullo Fernandes, que também atua como produtor cultural, afirma ter aprovado R$ 300 mil para projetos culturais via Lei Paulo Gustavo. Em Camaquã e Arambaré foram cerca de R$ 50 mil e no estado R$ 250 mil em parceria com ícaro Machado. Este último recurso é específico para um projeto de sessões de cinema.
Assista a participação completa, em duas partes, do pesquisador e poeta Catullo Fernandes:
Texto: Pablo Bierhals