Servidores dos Correios decidem manter greve no RS
Paralisação da categoria está prestes a completar um mês
Após assembleia na manhã desta quinta-feira, os trabalhadores dos Correios decidiram pela manutenção da greve no Rio Grande do Sul. Previsto para iniciar às 10h, o encontro teve atraso de uma hora, em função da chuva. A próxima reunião da categoria para definir os rumos da paralisação vai ocorrer na quarta-feira, depois do Carnaval, às 14h, na Igreja Pompeia.
A greve dos servidores vai completar um mês nesta sexta-feira. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Sintect/RS), Enédio Fonseca, a decisão pela manutenção foi unânime. “A categoria está mobilizada e vamos esperar até a próxima assembleia já ter a data do julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, afirmou.
A expectativa é grande, uma vez que a última reunião de conciliação entre empresas e trabalhadores não obteve avanços. A empresa ajuizou uma ação cautelar contra a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) para avaliar a legalidade da greve. A ação será julgada pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, mas ainda sem data.
Reivindicações
A paralisação foi desencadeada pelos profissionais por duas reivindicações. A primeira é a mudança no horário das entrega das correspondências para o turno da manhã. Atualmente, ocorrem à tarde. Outra reclamação é sobre a possibilidade de mudanças no plano de saúde da empresa.
Há divergências sobre a adesão ao movimento. O Sintect/RS estima que 60% da categoria está paralisada. A direção regional dos Correios afirma que são 11%. Mesmo assim, a entrega das correspondências segue prejudicada. A última estimativa da empresa era de que 500 mil documentos estavam parados nas Centrais de Distribuição.