Servidores da CEEE entram em greve a partir de segunda
Os funcionários de Camaquã devem decidir sobre paralisação na tarde desta sexta-feira (28)
Os servidores da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) paralisam suas atividades a partir de segunda-feira, dia 31. A decisão foi anunciada nesta quinta pela categoria após a realização de uma assembleia no pátio da empresa na rua Joaquim Porto Vila Nova, na zona Leste de Porto Alegre. Os trabalhadores aguardaram até o meio-dia a resposta da empresa às reivindicações da categoria. No início da tarde, a companhia apresentou a mesma proposta que havia sido recusada pela categoria na assembleia de segunda-feira.
Com a realização da greve dos eletricitários, serão afetados os serviços nas agências da Capital e do Interior, a parte de manutenção das subestações, o serviço de corte e religação de luz e fiscalização.
Pela manhã, cerca de 200 eletricitários voltaram a bloquear o portão de acesso da companhia. O fechamento do portão afetou o trânsito na rua Joaquim Porto Vila Nova o que prejudicou a circulação de veículos na região.
Impossibilitados de entrar na empresa, outros diversos trabalhadores da CEEE deixaram os carros estacionados na via e se juntaram ao movimento. O presidente do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Danilo Garcia, informou que os servidores reivindicam um reajuste salarial de 12% e uma reavaliação do plano de cargos e salários da empresa. Além disso, segundo Garcia, há dois anos o Plano de Participação nos Resultados da empresa não é pago. A proposta da companhia era de um reajuste de 5,38% parcelado em quatro vezes.
O presidente do Senergisul informou ainda que com relação ao plano de saúde e o vale-alimentação, a companhia não apresentou nenhuma proposta aos funcionários. A CEEE conta com 4,6 mil funcionários e sete mil aposentados. A paralisação de ontem afetou a parte operacional da empresa, agências de Porto Alegre e as gerências nas cidades de Bagé, Pelotas, Guaíba, Alvorada, Viamão, Eldorado do Sul, Osório, Rio Grande e Salto do Jacuí.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Camaquã, Solon Gianechini, os servidores de Camaquã não aderiram a manifestação ontem. Hoje a tarde, uma reunião em Porto Alegre deve decidir se os cerca de 130 profissionais de Camaquã vão aderir a greve.