Segundo suspeito de matar médica desmente participação no crime mas admite queimar carro
Conforme Davi Moreira de Oliveira, foi comparsa que atirou e há ainda, uma terceira pessoa envolvida no latrocínio
Assim como o comparsa, detido ontem, o segundo suspeito da morte da médica Graziela Müller Leirias durante assalto na noite do domingo também negou, em depoimento, participação no latrocínio. Conforme Davi Moreira de Oliveira, de 21 anos, há uma terceira pessoa envolvida no crime, registrado na zona Norte de Porto Alegre. Conforme o delegado Cléber Ferreira, o suspeito admitiu que queimou o carro da vítima a mando dos autores do assassinato, por estar devendo dinheiro a eles.
A partir da declaração de Moreira, a polícia deve iniciar uma nova etapa da investigação, para analisar se há ou não a presença de uma terceira pessoa na execução. Davi alegou, também, que o autor dos disparos que mataram Graziela foi Richard Correa Petry, de 19 anos, preso ainda nessa quarta. O motorista de um caminhão também é procurado pela polícia, e pode ser enquadrado como participante do crime.
Olvieira sofreu queimaduras durante a tentativa de queima do carro da médica, e por isso teve de ser internado, no fim da tarde, no Hospital Cristo Redentor, sob custódia policial. Assim como Richard, ele também já teve prisão preventiva decretada.
Enquanto o primeiro suspeito foi entregue ontem pelo próprio avô ao delegado, o segundo, em função dos ferimentos, teve de ser buscado em casa, na zona Leste da cidade.
Saiba mais
Na segunda-feira, o veículo da médica – um Citröen C4 Pallas – foi encontrado queimado na avenida Edgar Pires de Castro, na zona Sul da capital. No interior do carro, foi encontrado um documento e um dos tênis usados por um dos suspeitos na ação. Através da investigação e da perícia, além da análise de imagens, a Polícia chegou à dupla. A confirmação também se deu com o relato da irmã de Graziela. A Polícia cumpriu ainda um mandado em uma casa na zona Sul, para onde ambos se dirigiram após cometer o crime.
De acordo com Ferreira, Richard e Davi faziam transporte de frutas para a Ceasa. Na noite do crime ambos desceram de um caminhão, com o qual vinham de Santa Cruz do Sul, e anunciaram o assalto, na avenida Sertório. O crime culminou com a morte da médica, horas mais tarde, no Hospital Cristo Redentor. A Polícia também busca o motorista do caminhão, que não é tratado como suspeito de participação no latrocínio.
