Segundo laudo, morte do menino de Ipiranga do Sul não foi causada por cobra
Moradores relatavam existência de cobra gigante, que teria atacado a criança
A causa da morte do menino Guilherme da Silva, de 12 anos, em Ipiranga do Sul, é confirmada. De acordo com o laudo liberado pelo Instituto Geral de Perícias do Estado, a criança morreu por asfixia causada por afogamento. O laudo não constatou qualquer machucado, picada ou qualquer outra lesão no corpo da criança. O caso causou muita comoção na região de Butiá Grande, pela possibilidade de uma cobra gigante ter atacado o jovem.
O Major Alexandre Pires Bittencourt relata como iniciou as buscas pelo corpo.
“Nós fomos acionados no dia 31 de dezembro, com o anúncio desse afogamento. Durante o período, o efetivo realizou buscas superficiais e ouviu a história dos populares que estavam no local da ocorrência. Estas pessoas haviam visualizado os dois garotos que estavam se afogando e supostamente um deles estaria envolto em um animal, possivelmente uma cobra de grande porte”, relata o Major.
De acordo com o Comando de Corpo de Bombeiros, 12 equipes estariam trabalhando no local. Ainda conforme o Major Pires, os boatos da existência do animal surgiram da população ribeirinha que reside na região.
“20 anos atrás haveria um açude onde um morador teria trazido da região norte do país, espécies de cobras de grande porte e depositado ali. E em determinado momento, este açude rompeu e estes animais teriam ficado soltos na natureza. Isto são histórias da comunidade ribeirinha que nunca tiveram confirmação”, conta.
O Instituto Geral de Perícias do Estado divulgou uma nota, em que ressalta “o Instituto-Geral de Perícias esclarece que, no dia Primeiro de janeiro de 2018, o Posto Médico Legal de Passo Fundo recebeu o corpo de Guilherme da Silva Andrade para exames. De acordo com o Laudo de Necropsia, foram encontrados sinais internos de asfixia, além de sinais específicos de afogamento, os quais dão elementos para afirmar que a morte foi devido à asfixia mecânica por afogamento. Registra-se que os membros não apresentavam fraturas, bem como não há outras particularidades a serem mencionadas. Por fim, foi coletado um fragmento de pulmão para pesquisa de plâncton, exame confirmatório de afogamento.”.