Secretaria do Meio Ambiente orienta sobre descarte regular de lixo

O hábito da separação do lixo em casa, no trabalho e na escola pode gerar muito benefícios, reduzindo energia, economizando recursos e ainda gerando renda para as famílias que integram a Cootrica – Cooperativa de Triagem de Camaquã. Lá, cerca de 40 pessoas tiram seu sustento do material que é separado e encaminhado para reciclagem. Por isso, cada saco de lixo enviado à Coleta Seletiva é tão importante, assim que chega ao aterro sanitário o material passa pela triagem.

Porém, o material que é enviado para a Coleta Seletiva não chega a 5% do que é produzido por dia em Camaquã. Através da Secretaria do Meio Ambiente, a abrangência do serviço de recolhimento da Coleta Seletiva é total na cidade e possui periodicidade de duas vezes na semana em cada bairro. E atinge também o interior, cuja coleta é feita através de um roteiro pré-determinado.

Para o secretário municipal do Meio Ambiente, Gilberto Wiatroski, a participação da população é fundamental para o sucesso da reciclagem no município. Ele relata que há grande demanda de lixo não separado, pois o material deixa de ser aproveitado por estar misturado com restos de alimentos. Todo este resíduo por não ser mais útil é encaminhado ao transporte para descarte final na unidade de Minas do Leão da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos. “Quanto maior a quantidade de resíduo enviado, menor o valor restante a ser investido em outras áreas, por isso a participação da comunidade é tão importante, ajudando a reduzir este montante”, afirma o secretário.  De acordo com levantamentos da Secretaria de Meio Ambiente, são enviados ao mês cerca de 12600 toneladas de resíduos sólidos, e deste total 90% poderia ter outra destinação se fosse separado por quem realiza o descarte.

Descarte irregular

Outro problema enfrentado pela Prefeitura que também depende da colaboração dos moradores é o descarte de material em terrenos baldios ocasionando a formação de lixões em muitos bairros. A Secretaria realiza a fiscalização a fim de inibir uma vez que esta prática ocasiona a proliferação de insetos e até enchentes em alguns casos. “O lixo descartado irregularmente é levado pelas chuvas entupindo bueiros e bocas de lobo”, comenta Wiatroski. O correto é a colocação do lixo respeitando os dias e turnos corretos para o recolhimento do lixo comum e do reciclável.

Lixo seco – O que entregar para a coleta seletiva ?
PAPEL: folhas soltas, jornais, listas telefônicas, folhetos comerciais, revistas, papéis de embrulho, papel de fax, caixa de papelão, caixa de leite. Mantenha-os secos e limpos.
VIDRO: garrafas, copos, potes, cacos de vidro, frascos, que podem estar quebrados, mas nesse caso deve ser embalado em jornal para não causar ferimentos.
PLÁSTICO: embalagens, garrafas tipo PET (de refrigerantes, por exemplo), sacos, brinquedos de plástico, utensílios domésticos, canos, potes em geral. Se possível, devem estar sem tampa e limpos, para não atraírem insetos.
METAL: latas, alumínio, cobre, latão, chumbo, bronze, ferro, zinco, e pequenas sucatas. Eles podem estar amassados o que ocupa menos espaço.

O que é lixo orgânico?

– Restos de alimento e erva-mate;

– Restos de vegetais e frutas;

– Cortes de grama e folhas;

– Cinzas, pó de limpeza caseira, esponja de aço;

– Restos de madeira, galhos e ossos.

O que não pode ser reciclado?

Restos de tecidos, sarrafos, couros, isopor, borrachas, fios, calçados, fraldas e absorventes higiênicos, papéis engordurados, papel plastificados, metalizados, parafinados, fotografias, etiquetas, ou carbono e lenços de papel, toco de cigarro, sujeira de vassoura, chicles. Estes são materiais que não tem nenhuma utilidade, geralmente vão para incineração industrial.

Casos especiais

Óleo usado também não pode ser descartado no ralo, pois uma pequena quantidade é capaz de contaminar grandes quantidades de água. Deve ser guardado em recipientes como garrafas pet e descartado na coleta seletiva.

Da mesma forma, pilhas normais e alcalinas, baterias, objetos eletrônicos e lâmpadas fluorescentes devem ser entregues diretamente na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, no Centro Administrativo (Rua Olavo Moraes, 1075), pois liberam componentes químicos altamente contaminantes e prejudiciais à saúde caso manuseados de maneira indevida.

Remédios vencidos não devem ser jogados na lixeira comum ou no vaso sanitário, pois determinam alto risco de contaminação ambiental, já existem farmácias que recebem este material.

O QUE FAZER QUANTO AO LIXO ÚMIDO OU ORGÂNICO?
Você pode produzir um excelente adubo orgânico para o jardim ou para a sua horta juntando restos de grama cortada, folhas, restos de cascas de vegetais, sementes, bagaços de frutas.

Coleta Convencional

Roteiro 01

Manhã: Segundas, quartas e sextas.

Bairros: Setor 01 – Bom Sucesso, Floresta, Colina, Hípico, Dona Teresa e Vila Nova 

             Setor 02 – São Carlos, São Pedro, São Luiz, Carvalho Bastos Ouro verde e Cônego Walter 

Tarde: Diário

Bairros: Setor 03 – Centenário, Siá Juliana, Faixinha, Loureiro e Centro

             Setor 04 – Container, São José, Cohab e Olaria 1 e 2      

Manhã: Terças, Quintas e Sábados.

Bairros:  Setor 05 – Santa Marta, Lot. José  Antônio Netto, Jardim do Forte, Gaúcho, Maria da Graça e Jardim

              Setor 06-  Lot. Arroio Duro, Getúlio Vargas  e Viégas

ROTEIRO COLETA SELETIVA – ZONA URBANA

Seu lixo pode virar adubo

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, a compostagem é uma prática saudável que reduz em mais da metade o volume do lixo orgânico e pode ser adotada principalmente por quem mora em casa.

As cascas de frutas e verduras, restos de alimentos, entre outros quando colocados em um local e cobertos com serragem e folhas depois de um tempo se transformam em um adubo natural rico em nutrientes para a horta e para o jardim. E tudo isso sem custo algum.

Confira como fazer, passo a passo:

1- Separe o lixo orgânico do inorgânico;

2- Monte a composteira de preferência em um canto sombreado do seu quintal, usando bambu, madeira velha ou tijolos (sem cimentar);

3- Divida em duas partes, deposite em apenas um dos lados da composteira o material orgânico que você separou. Cubra-o com folhas, serragem, esterco seco até cobrir completamente o material;

4- Regue o monte para umedecer a camada superficial. Cubra a composteira para protegê-la de chuvas intensas e do sol direto;

5- De dois em dois dias transfira o monte para o outro lado para arejar. O material deve esquentar indicando que a decomposição esta de fato ocorrendo. Pode-se acondicionar mais material orgânico a composteira a qualquer momento;

6- Em aproximadamente dois meses o material deverá estar pronto. Deve estar com uma cor marrom café, cheiro agradável de terra; estar homogêneo sendo impossível distinguir os restos (talvez um caroço ou um ossinho) e não esquentar mais mesmo, mesmo após revolvimento.

Observação: colocar algumas minhocas na composteira acelera o procedimento.

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