UPA de Camaquã bate recorde de atendimentos e apresenta superlotação
Enfermeira Sheila Rocha e coordenador Fabiano Medeiros participaram do Manhã Show e falaram sobre superlotação da UPA de Camaquã
A superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Camaquã foi o assunto do programa Manhã Show desta sexta-feira, 10 de junho. O programa recebeu a enfermeira responsável técnica da UPA, Sheila Rocha, e o coordenador da unidade, Fabiano Medeiros.
No programa apresentado por Celiomar Garcia na ClicRádio, eles trouxeram esclarecimentos sobre os protocolos de atendimento utilizados na unidade, sobre o aumento das doenças de inverno e sobre o grande número de atendimentos das últimas semanas.
No mês de maio, a UPA de Camaquã teve intensificação na superlotação relatada e bateu recorde de atendimentos. Foram mais de 6.000 pessoas atendidas em 31 dias, uma média de cerca de 200 atendimentos por dia.
Por este motivo, a unidade foi reforçada e desde a última semana, passa a contar com mais um médico. O anúncio do novo profissional foi feito pelo secretário da Saúde, Renato Sanhudo, que participou do programa Bom Dia Camaquã desta quinta-feira (9). Clique aqui e assista.
A UPA utiliza, assim como as demais unidades de saúde públicas do Brasil, o protocolo de Manchester, um dos métodos de triagem mais utilizados no Mundo, sob orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Manhã Show, Fabiano e Sheila relataram a situação e trouxeram orientações para os pacientes com sintomas gripais. Para os pacientes com sintomas iniciais, a orientação é que seja priorizada a procura por uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que possui capacidade de identificar e remediar boa parte das conhecidas “doenças de inverno”.
Assista o programa e saiba mais:
Protocolo de Manchester
A Triagem de Manchester é um protocolo de seleção de pacientes que baseia o nível de urgência por um código de cores.
Essa metodologia surgiu em 1997, na cidade de Manchester, na Inglaterra, e não demorou até que se tornasse um sistema global, por conta da sua eficiência.
No entanto, esse estilo de triagem chegou ao Brasil apenas em 2008, na tentativa de reduzir as filas em hospitais e possíveis perdas de pacientes que se encontravam em estados mais graves.
O protocolo de Manchester funciona a partir de um código de cinco cores, anexadas às pulseiras de identificação dos pacientes.
Dessa forma, os profissionais poderão saber quais os casos que precisam de atenção mais urgentemente e os que podem aguardar até que outros colaboradores cheguem.
Muitas pessoas podem pensar que esse código tem uso somente em situações de emergência, como acidentes. Entretanto, essa forma de triagem pode ser útil em todas as clínicas e hospitais, mesmo que não existam classificações de risco.
A triagem de Manchester se tornou essencial para otimizar os atendimentos em centros de saúde, podendo reduzir as chances de perdas graves em situações de risco.
Esse protocolo permitiu que os profissionais pudessem realizar suas funções com maior eficácia, potencializando seu tempo. Mesmo que sejam por apenas alguns segundos, pode ser o suficiente para fazer a diferença.