“Uber” de atendimento médico deve chegar a Porto Alegre em 2016
Aplicativo permite agendar consultas domiciliares em diversas especialidades
Presente em três capitais brasileiras – Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo –, um aplicativo deve começar a funcionar em Porto Alegre, neste semestre, oferecendo consultas médicas em domicílio. Sem precisar sair de casa, o paciente chama o médico, de qualquer especialidade, para o atendimento. É uma espécie de “Uber” da medicina. O CEO e fundador do aplicativo Docway, Fábio Tiepolo, diz que este conceito inédito busca resgatar valores da medicina humanizada. “Há muito tempo, os médicos iam na casa das pessoas. O atendimento domiciliar é um conceito antigo e percebemos que dava para trazê-lo de volta aliando a tecnologia”.
De acordo com Tiepolo, em Porto Alegre cerca de 40 médicos, de especialidades diversas, já estão cadastrados. O número, no entanto, é insuficiente para iniciar a operação do aplicativo na cidade. “Não queremos correr o risco de frustrar nenhuma das partes. Assim que o Docway funcionar em Porto Alegre precisamos ter pacientes interessados e um número de médicos que consiga atender a demanda”, diz. Os médicos que têm demonstrado mais interesse, até o momento, são clínicos-gerais, pediatras e médicos de família.
O CEO explica que, para o médico, aparecem as consultas disponíveis e ele aceita a demanda conforme a conveniência e a disponibilidade. Assim que o profissional consente a consulta, o paciente recebe a confirmação. A consulta pode ser agendada para aquele exato momento ou com o dia e hora marcados. “Nas cidades onde já atuamos a repercussão tem sido grande. Primeiro porque o paciente compra tempo. Hoje em dia, quando ele depende do sistema de saúde, mesmo na rede particular, precisa de no mínimo 14, 15 dias para conseguir uma consulta. Se tratando do SUS, aumenta ainda mais o prazo”.
São dois valores estipulados por atendimento: R$ 200 e R$ 300. O primeiro é para horário comercial, de segunda a sexta-feira. O segundo, para finais de semana, feriados e dias normais depois das 18h. “Quem tem plano de saúde pode usar o recibo para buscar o reembolso se o contrato firmado com o plano permitir, ou abater no Imposto de Renda”. Tiepolo acrescenta que, até metade do ano, a ferramenta deve estar presente em todas as capitais brasileiras.