Rio Grande do Sul registra décima morte por meningite
Foram identificados pacientes em 22 municípios, a maioria deles na região metropolitana
Pelo menos dez mortes por meningite bacteriana já foram registradas no Rio Grande do Sul em 2015, segundo informativo epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde. O número é três vezes maior do que o verificado no ano passado, quando três pessoas haviam morrido da doença até essa mesma época do ano. Três das dez mortes foram atribuídas à doença meningocócica do tipo B, três do ao tipo C e quatro não tiveram a identificação do meningococo. O número de casos também aumentou: o total já chega a 48, contra 35 em 2014, até o início de julho. Se o quadro se mantiver, o número de 2015 pode superar a soma dos últimos dois anos.
A Secretaria reconhece que o número de casos superou a média esperada, mas ainda está abaixo do limite endêmico – quando a doença atinge um nível regular e constante. De acordo com o relatório, houve um aumento no número de ocorrências, principalmente do tipo C – metade das 48 registradas até agora. Foram identificados pacientes em 22 municípios do estado, a maioria deles na região metropolitana.
A principal medida de controle, segundo o relatório, é a notificação e investigação de qualquer suspeita. Se confirmado o surto de meningite pode ser considerada a vacinação, “desde que o sorogrupo que está causando o surto seja conhecido e se tenha a vacina disponível”. A decisão de vacinação em um surto é acordada entre as três esferas de governo, federal, estadual e municipal.
A meningite é um processo inflamatório das meninges – membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. É causada, sobretudo, pela infecção de vírus ou bactérias, mas fungos e parasitas também podem provocar a doença.
Outras medidas de prevenção importantes incluem:
• Higienização das mãos;
• Higienização do ambiente;
• Ventilação do ambiente;
• Não compartilhar utensílios.