Remédios podem ficar até 4,33% mais caros a partir desta segunda: veja como economizar
Consumidores devem agir para evitar que este reajuste prejudique suas contas
O preço dos remédios pode subir até 4,33% a partir desta segunda-feira (1º), colocando um peso a mais principalmente no bolso dos aposentados, que costumam depender de medicamentos de uso continuado. O percentual foi oficializado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O número é acima da inflação oficial (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses (3,89%). Para fazer a conta, a CMED leva em consideração a inflação e outros fatores, como produtividade da indústria, inflação, alterações no câmbio e gastos com energia elétrica.
Ainda assim, os consumidores devem agir para evitar que este reajuste prejudique suas contas. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que os remédios têm peso de 6% no orçamento de famílias com idosos. Algumas dicas são aprumar a pesquisa de preços, inclusive com a ajuda da internet, buscar programas de fidelidade e reforçar os estoques de medicamentos ainda com o preço em vigência. A pesquisa pode colocar uma lupa especial sobre os genéricos, que custam aproximadamente 35% menos do que as marcas conhecidas, conforme a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácia (Febrafar).
Quem decidir reforçar o estoque antes do aumento deve ter cuidado especial com a forma como armazena estes produtos e também com os prazos de validade. É importante seguir as recomendações que estão na embalagem: mantê-los sempre protegidos da umidade, do calor e da claridade, explica a farmacêutica Irene Prazeres.
— É fundamental observar o prazo de validade, que em geral é de dois anos mas pode se acelerar se os produtos forem deixados em locais quentes e úmidos — alerta Irene.
Veja dicas para economizar na compra de medicamentos
- Pesquise bem os preços, usando a internet e visitando farmácias próximas ao trabalho e à residência.
- Peça ao médico que, na receita, seja colocado o princípio ativo do remédio, e não o nome comercial. Levar a receita com o princípio ativo facilita para que o farmacêutico ofereça opções fabricadas por diversos laboratórios, e, consequentemente, com valores variados. A diferença de preço costuma variar de 10% a 15%.
- Verifique se na farmácia escolhida há alguma forma de desconto adicional por meio de programas de fidelidade ou mediante o fornecimento dos números do CPF ou Conselho Regional de Medicina (CRM) do médico. Geralmente, medicamentos de uso contínuo têm preços mais vantajosos.
- Verifique se o medicamento que procura é disponibilizado pelo programa Farmácia Popular, que oferece remédios com preços até 90% mais baixos. Não é necessário comprovar renda ou ter utilizado o Sistema Único de Saúde (SUS) para recorrer ao programa. Basta ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita médica e um documento com foto.
- O Ministério da Saúde também disponibiliza remédios gratuitos para diversas doenças nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e muitas prefeituras contam com postos que usam o mesmo sistema.
- Medicamentos de uso prolongado devem ser protegidos da umidade, do calor e da claridade. Guardar no banheiro ou na cozinha não é uma boa opção.
- O quarto costuma ser um local arejado, com temperatura amena e longe da umidade: indicado para guardar remédios. Coloque os medicamentos em uma caixa e guarde em uma gaveta ou prateleira.
- Redobre a atenção também com os prazos de validade. Planeje-se para comprar apenas a quantidade de remédios que utilizará dentro do período de validade — evitando desperdiçar seu dinheiro.
Fontes: farmacêutica Irene Prazeres, Associação de Consumidores Proteste e Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácia (Febrafar)