Pronto Socorro de Camaquã deve ser utilizado para urgências e emergências, alertam diretores
Representantes do Hospital e da Prefeitura falaram sobre sobrecargas do Pronto Socorro durante pandemia e trouxeram novas orientações
O programa Manhã Show desta sexta-feira, 11 de dezembro, recebeu representantes da Prefeitura Municipal e do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) de Camaquã. No estúdio da ClicRádio, os representantes explicaram os protocolos de atendimento de pacientes de cada caso específico nas unidades de saúde de Camaquã. Assista a entrevista completa:
O prefeito Ivo de Lima Ferreira representou a Prefeitura de Camaquã e destacou a importância do HNSA para o combate à Covid-19 e o atendimento da população no dia a dia. O Hospital, por sua vez, foi representado pelo presidente José Almiro Chagas de Alencastro; o diretor Clínico, Tiago Bonilha; e o diretor de Controladoria, Cléber Dorneles.
Em sua fala, Cléber destacou que as medidas tomadas na área da saúde tem como um dos objetivos ‘desafogar’ o atendimento no Pronto Socorro do HNSA. Segundo ele, muitas pessoas ainda vão ao Pronto Socorro para pedir um atestado ou pegar uma receita, sobrecarregando a unidade: “Isso tira o lugar de pessoas que estão lá com uma necessidade muito maior”. Ele afirmou que o foco da unidade é o atendimento de urgências e emergências e que, com o tempo, a população deve criar o hábito de utilizar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Policlínicas da cidade.
O diretor clínico, Tiago Bonilha, também falou sobre as limitações do Pronto Socorro e sobre as dificuldades que os trabalhadores enfrentam no local. Segundo ele, o espaço físico é limitado e é muito difícil um aumento de serviços. Ele destacou que atualmente, o trabalho é de orientação e informação, atendendo a todos que chegam ao hospital e orientando sobre os locais adequados para eventuais próximos atendimentos.
“Uma coisa que a população tem muita dificuldade de entender, principalmente no final da noite ou início da manhã, eles tem a impressão de que se a sala de espera está vazia, ninguém está fazendo nada. Não, lá dentro está lotado! As vezes a gente tem que dar uma segurada em chamar paciente, porque a gente não tem onde sentar o paciente!”
Já o presidente José Almiro utilizou seu espaço para trazer um apelo à população: “Nós iniciamos ontem um pedido de paciência para a população, para ir ao Hospital se entenderem de fato que estão com problemas graves. O Hospital não tem estrutura para atender a demanda que está indo ao Hospital”, frizou.