Pico do coronavírus deve ser entre junho e julho no RS, diz Ministério da Saúde
Chegada do inverno deve elevar os casos nos estados da Região Sul do Brasil, segundo estimativa; pasta avalia risco nacional como 'muito alto' para Covid-19
Os meses de junho e julho devem registrar o pico de casos confirmados da Covid-19 no Rio Grande do Sul, de acordo com o Ministério da Saúde. A chegada do inverno é a principal motivação para estimativa. A informação foi divulgada em boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado na sexta-feira (3).
A pasta avalia o risco da pandemia no país como “muito alto”. O Rio Grande do Sul registra 468 casos confirmados do coronavírus, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O sétimo óbito em decorrência da doença no estado foi divulgado na noite de sábado (4).
O boletim avalia que a doença afeta, principalmente, cidades com maior densidade demográfica, ou seja, onde a população é superior a superfície do território. Dessa forma, gerando maiores aglomerações, principalmente nos períodos de temperaturas baixas.
“As aglomerações decorrentes do período mais frio (outono-inverno) no Sul e Sudeste do país exigem uma maior atenção e ampliação de leitos e estrutura de suporte ventilatório. A capacidade laboratorial do Brasil ainda é insuficiente para dar resposta a essa fase da epidemia”, pontua o documento.
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Ministério reforça que o distanciamento social ainda é “o único instrumento de controle da doença disponível no momento”.
O Governo do Rio Grande do Sul decretou situação de calamidade pública, devido ao coronavírus, em 19 de março, e segundo o Ministério da Saúde, a medida deve ser mantida.
“As Unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais profissionais de saúde e outros) estejam disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo”, diz o boletim epidemiológico do ministério.
Prevenção
Uma das principais medidas para evitar o contágio e disseminação do coronavírus entre a população é a prevenção. O vírus tem características muito semelhantes a um resfriado. Por isso, o Hospital Nossa Senhora Aparecida divulgou uma série de orientaçãos para os camaquenses, na prevenção e combate ao Covid-19. Evite:
• Cumprimento com beijos e aperto de mãos (contágio através do toque)
• Beber no mesmo copo ou dividir chimarrão (contágio através de objetos de uso pessoal)
• Conversar muito perto (contágio através da saliva/ cuspe)
É recomendável que fique em casa e evite aglomerações. Principalmente as pessoas que estão dentro do considerado grupo de risco:
• Idosos
• Diabéticos
• Portadores de doença respiratória ou cardiovascular
Previna-se:
• Lave as mãos com água e sabão de modo frequente
• Evite contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe
• Evite tocar o rosto
• Mantenha os ambientes bem ventilados
• Se possível, utilize álcool gel (superior a 70)
• Higienize muito bem: ambientes compartilhados, objetos relacionados à alimentação e superfícies
Caso note a presença dos sintomas do Covid-19, como: febre, tosse e dificuldade ao respirar, não recomenda-se a ida até uma unidade de pronto atendimento (Hospital, Posto de Saúde, etc). Pois ao fazer isso, aumenta a probabilidade de contrair ou espalhar o vírus.
O primeiro passo é ligar para o número 3692-3266 ou 3692-2050, detalhar o que está sentindo e aguardar um profissional da área da saúde para realizar a triagem na sua casa. “Juntos contra o coronavírus! #FiqueEmCasa“, destacou o Hospital pelas redes sociais.