Pesquisas sobre pílula do câncer devem começar em até 90 dias no RS
Presidente da Cientec ressaltou que expectativa é grande, principalmente pelo impacto social do resultado
As pesquisas envolvendo a fosfoetanolamina sintética, conhecida como a ‘pílula do câncer’, no Rio Grande do Sul, devem ter início em até 90 dias. Com base no termo de cooperação assinado entre o governo do Estado, por meio do Laboratório Farmacêutico do RS (Lafergs) e os pesquisadores, esse é o período para que alguns detalhes sejam acertados antes da execução do projeto, com cronograma definido.
Um dos primeiros passos envolve a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), que vai auxiliar com a disponibilidade de laboratórios e apoio ao desenvolvimento de pesquisa. As análises devem ocorrer na unidade de Cachoeirinha, na região Metropolitana, onde há o laboratório de química, explicou o presidente da Cientec, Daiçon Maciel da Silva. A ideia, segundo ele, é realizar estudos para a elaboração do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que vai, em seguida, ser repassado ao Lafergs, conforme estabelecido em termo de cooperação.
O presidente ressaltou que a expectativa é grande, principalmente pelo impacto social do resultado da pesquisa. Ao mesmo tempo, ele disse considerar fundamental o estudo. “É uma resposta à sociedade, que está ansiosa com os resultados, além de ser um trabalho de grande relevância”, afirmou Silva.
Para os estudos, presidente explicou que a Cientec vai buscar recursos junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Isso porque há algumas semanas, o Ministério anunciou que vai destinar R$ 10 milhões para pesquisas com a substância.
O estudo foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores que são os detentores da patente do projeto, criado no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo. A fosfoetanolamina sintética é uma substância química obtida através de um novo processo de síntese. Apesar de ter se popularizado, ainda não se tornou um medicamento, isso porque são necessárias pesquisas para depois haver a análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).