“Mesmo no pior momento, conseguimos atender todos os pacientes”, afirma diretor do Hospital de Camaquã
Diretor técnico falou sobre combate à Covid-19 e falta de medicamentos
Durante a última semana, a possível falta de medicamentos nos hospitais do Rio Grande do Sul foi um dos principais assuntos das redes sociais. Em memorando emitido pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida que acabou vindo a público, foi trazido um alerta sobre o possível desabastecimento de medicamentos utilizados para intubação.
No estúdio da ClicRádio, o programa Controle Geral deste sábado, 1º de maio, recebeu o diretor técnico do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), dr. Tiago Bonilha, que relatou a preocupação do dia a dia da equipe médica do Hospital e trouxe um alerta sobre a situação, que atinge todos os hospitais que possuem leitos específicos para combate à Covid-19.
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“Essa semana a gente viveu mais um momento de tensão, quando a gente viveu um cenário crítico no abastecimento de medicação, principalmente utilizada para a manutenção de pacientes em ventilação mecânica, que chamamos de kit intubação”
Tiago explicou que o sedativo, anestésico e bloqueador neuromuscular são infundidos continuamente para garantir a adaptação ao respirador. Segundo ele, estas classes de medicações estão escassas e diversos hospitais enfrentam dificuldade para o fornecimento das mesmas.
O diretor contou que o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no mundo inteiro mais do que duplicou e a indústria farmacêutica não conseguiu absorver o aumento. Quanto ao atendimento, Tiago destacou a dificuldade para os atendimentos com a escassez de recursos:
“Mesmo no pior momento, conseguimos manter a assistência para todos os pacientes Covid-19”, garantiu.
Tiago destacou a dificuldade enfrentada pelos profissionais da saúde para combater as novas cepas da doença. Segundo ele, o ano de 2021 trouxe uma nova realidade e, apesar de não haver um estudo que forneça um comparativo entre 2020 e 2021, é notório o aumento na taxa de mortalidade nos primeiros meses do ano atual.
Ele ainda destacou os danos que as novas cepas tem causados nos pacientes que possuem agravamento dos sintomas e a necessidade de intubação: “Nós estamos devolvendo uma pessoa diferente da pessoa que chegou”, lamentou o médico em relação à agressividade da Covid-19.
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Assista a entrevista completa, disponível no Facebook e YouTube da ClicRádio: