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FEMANA Alerta: o que você precisa saber sobre o câncer de ovário

A Dra. Angélica Nogueira, através da FEMANA explica que, apesar de grave, o câncer de ovário pode ser curado


Por Redação Clic Camaquã Publicado 29/05/2022
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Foto/ Divulgação

Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama se preocupa não apenas com os tumores de mama, mas com todos os cânceres que podem atingir as mulheres. “Por isso, é importante alertamos as mulheres sobre o câncer de ovário, uma doença silenciosa que pode ser muito grave”, alerta a presidente voluntária da FEMAMA, Drª Maira Caleffi, que também é chefe do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento.
 

A Dra. Angélica Nogueira, professora e pesquisadora da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais e membro do Comitê Científico da FEMAMA, explica que, apesar de grave, o câncer de ovário pode ser curado. “É necessário ficar atenta a modificações que podem indicar a presença de tumores no ovário”, alerta.

Abaixo, as médicas explicam mais sobre a doença:
 

1 – Quais os sintomas do câncer no ovário?

Este é um câncer silencioso e não há exame para rastreamento e detecção precoce. Por isso, pelo menos 75% das pacientes só descobrem a doença quando ela já está em estado avançado.
 

2 – A mulher não apresenta nenhum sintoma?

A doença pode não apresentar sintomas iniciais. Com o crescimento do tumor, pode sentir uma pressão, dor ou inchaço no abdômen, alterações urinários e/ou intestinais.
 

3 – Como é o tratamento?

Até recentemente, o tratamento restringia-se à cirurgia de retirada do tumor, além de quimioterapia. Recentemente, houve avanços, como a evidência de benefício de manutenção com medicamentos. Os inibidores de PARP (grupo de inibidores farmacológicos da enzima Poli Adenosina difosfato Ribose| Polimerase que funciona como uma quimioterapia oral) apresentam resultados positivos a pacientes com câncer em estágios mais avançados (classificadas nos estados III e IV) e àquelas com recorrência da doença. Esta classe de medicamentos ainda não consta no rol de obrigatoriedade da ANS, tampouco se encontra disponível no SUS.
 

4 – Quantos casos o Brasil registra de câncer de ovário?

De acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer, anualmente são registrados cerca de 6,5 mil casos novos de câncer de ovário.
 

5 – Qual a idade das mulheres afetadas?

O risco de desenvolver câncer de ovário aumenta com a idade. Raramente é diagnosticado em mulheres com menos de 40 anos. As mulheres mais afetadas são aquelas que já passaram pela menopausa.
 

6 – Quais os fatores de risco?

Além da idade (já que a maioria das mulheres atingidas têm mais de 60 anos), não ter filhos (quanto maior o número de filhos, menor o risco) e histórico familiar.
 

7 – O que causa o câncer de ovário?

A causa da maioria dos casos de câncer de ovário ainda é desconhecida. O que se sabe é que alguns fatores de risco tornam a mulher mais propensa a desenvolver a doença, como idade e histórico familiar, por exemplo. 25% dos casos são hereditários.
 

8 – É possível evitar o câncer de ovário?

Especialistas acreditam que, quanto maior o número de ovulações, maior o risco do aparecimento de tumores. O uso de pílulas anticoncepcionais diminui o risco de câncer de ovário. Mulheres que tomam a pílula têm um risco diminuído se comparadas às mulheres que nunca usaram contraceptivos orais. Cirurgias redutoras de risco podem ser indicadas em pacientes portadoras de mutações genéticas predisponentes a câncer de ovário hereditário.
 

9 – Quem tem câncer de ovário menstrua?

Pode menstruar regular ou irregularmente. Ressaltando que a maioria das pacientes com câncer de ovário estão na pós-menopausa e sangramento vaginal pode não ser uma manifestação.
 

10 – É possível engravidar após um câncer de ovário?

Quando o diagnóstico ocorre em período reprodutivo e se o tratamento for baseado em medicamentos e quimioterapia, e não na retirada do órgão, é possível manter a possibilidade de engravidar, mas é necessário conversar com seu médico sobre o assunto. Porém, a maioria dos casos de câncer de ovário ocorrem após a menopausa.


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