Em um ano, Hospital de Camaquã teve quase R$5 milhões de prejuízo, aponta relatório
Relatório aponta que despesas totalizam R$ 14.208.765,62 enquanto receitas no período foram de R$ 9.488.448,12
Em relatório divulgado pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) nesta quarta-feira, 7 de julho, foi trazido um número que representa a crise financeira vivida pelos hospitais filantrópicos de todo o Brasil durante a pandemia de Covid-19. Entre março de 2020 e abril de 2021, o HNSA teve um prejuízo de R$ 4.720.317,50.
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Conforme o relatório divulgado pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, despesas durante o período totalizaram R$ 14.208.765,62, enquanto receitas foram de R$ 9.488.448,12.
Dentre os motivos para a insuficiência dos valores, o relatório elenca os seguintes motivos:
– Exponencial elevação de custos de insumos hospitalares(anestésicos, antibióticos, oxigênio e Equipamentos de Proteção Individual).
– Superlotações generalizadas, alto custo do processo assistencial e déficits na prestação de serviços frente à contraprestação estabelecida pelo sistema.
– Remuneração insuficiente por parte do Ministério da Saúde para custeio dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Os Hospitais Filantrópicos são os responsáveis pela maioria absoluta dos atendimentos da COVID-19 desde o início da Pandemia, com destinação de mais de 80% de sua capacidade instalada a este processo assistencial.
Ainda conforme o relatório, a diária de UTI COVID numa instituição de grande porte custa R$ 3.401,00; a diária de UTI COVID numa instituição de médio porte custa R$ 2.803,00; a remuneração pelo Ministério da Saúde é de apenas R$ 1.600,00.
Além disso, o relatório ainda destaca problemas ocasionados pela pandemia de Covid-19 nos demais serviços ofertados pelas instituições de saúde.
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Foram suspensas cirurgias, exames e consultas ambulatoriais eletivas. Estruturas como centros cirúrgicos e salas de recuperação foram transformadas em UTIs e Unidades de Internação COVID, demais estruturas internas, de forma emergencial, também foram adaptadas para apoio do atendimento à pandemia.
Outro problema é com relação aos recursos humanos, que também incidem custos elevadíssimos pela diversidade de categorias profissionais que integram o processo assistencial na área deintensivismo/UTI.
A federação destaca a falta de mão de obra especializada, uma alta incidência de hora extra e contratações temporárias, insalubridade em grau máximo para todos profissionais de saúde no atendimento COVID, afastamento de profissionais acometidos pela doença, desequilibrando a relação receita e despesas destas instituições.
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