“É possível que todo mundo esteja acima da média?” questiona psicóloga
Paola Lucena fala dos problemas que a competitividade exacerbada ocasiona na vida das pessoas
Desde cedo as pessoas são cobradas para serem acima da média. A psicóloga Paola Lucena comentou que desde criança as pessoas são ensinadas, através de diversos meios, como novelas, cinema, música e outros, que estar na média é ruim e que é um dever se manter acima da média.
Leia também: Dia Mundial do Câncer: os principais cânceres no Brasil
“É possível que todo mundo esteja acima da média?”, questionou. “É matematicamente impossível que todos nós estejamos acima da média”, explicou. A psicóloga comentou que com o passar do tempo foi criado uma cultura de que essa ideia é correta. E isso, de acordo com ela, gera uma insatisfação crônica e massiva.
Esse sentimento exagerado de que nada acontece do jeito que deveria acontecer e que o desempenho deveria ser melhor, gera muitos sentimentos de ansiedade e depressão nas pessoas. Isso provoca um processo de autocrítica muito grande, que faz com que as pessoas não consigam ver o quanto cresceram e conquistaram durante os processos.
De acordo com a psicóloga a autocrítica exacerbada está intimamente ligada a sintomas de depressão, ansiedade, estresse, diminuição da qualidade de vida, diminuição da qualidade das relações interpessoais e ainda a diminuição da satisfação conjugal e labora. Ela comentou que as pessoas que sofrem com esse problema frequentemente estão insatisfeitos com suas ações.
Paola comentou que essa insatisfação pessoal gera problemas a nível mental e que é importante que as pessoas trabalhem suas emoções. Mesmo quem possui altas habilidades em algumas áreas têm déficits em outras, de acordo com a psicóloga. “Ninguém está acima da média em tudo”, concluiu.
Confira o vídeo: