Como é obtida a energia que faz nosso corpo funcionar?
Um carro: é essa analogia que uma pessoa deve fazer ao pensar no seu consumo de energia, segundo Diogo Círico, da Growth
O nutricionista Diogo Círico, da Growth Supplements, costuma fazer uma analogia interessante e simples para explicar aos seus pacientes o processo funcional da alimentação humana: comparar uma pessoa a um carro. Como toda máquina, ele não pode desempenhar o máximo de suas atividades sem que haja um consumo intenso de combustível. Ele é a energia que movimenta todas as engrenagens e, até por isso, não pode ser qualquer uma. No corpo, o combustível está nos nutrientes que, por sua vez, estão nos alimentos.
Existem dezenas de nutrientes diferentes para o consumo humano, que podem ser consumidos desde alimentos até os modernos suplementos disponíveis no mercado. Cada um deles possui uma influência diferente no metabolismo, assim como um carro que consome gasolina ou álcool e, assim, têm desempenhos distintos. Por conta da variedade de nutrientes, os nutricionistas fazem uma divisão em duas classes: os micronutrientes e os macronutrientes.
Portanto, uma primeira resposta à pergunta do título é essa: a energia do corpo vem dos nutrientes dos alimentos, como a glicose, a dextrose, as proteínas e os carboidratos, que se tornam moléculas pequenas absorvidas pelas células quando entram no corpo. De acordo com Círico, a glicose é a principal dessas moléculas, porque dela é possível retirar grandes quantidades da energia disponível.
O que não é usado para consumo de energia humana (cerca de 30%) vai para outras atividades vitais do organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais. Uma pessoa deve consumir, em média, 30 calorias por quilo de seu peso.
As classes
Na classe dos micronutrientes, estão as vitaminas e os minerais que, no corpo, possuem uma espécie de efeito crônico: se não forem consumidos antes de uma atividade física não impedem que ela seja realizada. As sensações são posteriores. Na classe dos macronutrientes, por outro lado, estão os carboidratos, as proteínas e as gorduras que possuem efeito agudo.
“As calorias encontradas nos alimentos são convertidas em energia suficientemente capaz de ser usada pelo tecido muscular. Por isso, os alimentos carboidratos, as proteínas e as gorduras devem fazer parte de todas as refeições ao longo do dia. É claro que cada indivíduo terá suas particularidades em relação à quantidade, mas esses elementos precisam ser consumidos em quantidade suficiente para a geração de energia”, afirma Círico.
Há alguns anos, empresas do setor de suplementação começaram a lançar termogênicos especiais para modificar esse processo. De fato, toda substância capaz de aumentar as necessidade calóricas do indivíduo é termogênica, como a cafeína e o gengibre. “Cada elemento termogênico é metabolizado por uma via específica pelo organismo. Ou seja, cada termogênico tem um efeito específico no corpo e, assim, cada um deles pode desenvolver implicações diferentes em nosso metabolismo”, explica Círico.
Portanto, “todo termogênico é capaz de aumentar a necessidade de energia do indivíduo”, diz o nutricionista da Growth, alertando ainda que é necessária uma dieta adequada para que os efeitos do consumo desse tipo de substância sejam completos.