Chega a dez número de mortes em função da gripe no RS em 2017
Criança de quatro anos está entre as três vítimas mais recentes
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, na tarde de hoje, mais três mortes atribuídas à gripe em 2017, incluindo uma criança de apenas quatro anos. O total de óbitos desde janeiro sobe, com isso, para dez. Os casos mais recentes foram registrados em Sapucaia do Sul, Venâncio Aires e Gravataí.
A morte da menina, que permanecia internada no Hospital Conceição, foi o primeiro caso envolvendo crianças em 2017. A vítima era natural de Gravataí, sofria de problemas neurológicos e não havia sido vacinada. O grupo de risco das crianças foi o que apresentou a menor procura durante a vigência inicial da campanha de vacinação, antes da ampliação para todos os públicos (59,9%, contra um total esperado de 90%).
Os outros dois casos incluem uma mulher de 35 anos natural de Sapucaia do Sul e um homem de 51, residente em Venâncio Aires. A mulher tinha problemas reumatológicos e não havia sido vacinada. Já o homem era doente pulmonar crônico e também não havia tomado a dose. Esse é o segundo caso de morte por gripe em Venâncio Aires em 2017.
Sem atingir o percentual de vacinação contra a gripe desejado aos grupos prioritários, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou nessa segunda-feira a ampliação da oferta das doses da vacina para a população em geral. Ainda há mais de 1 milhão de doses disponíveis em todo o Rio Grande do Sul. A população pode se vacinar nos postos de saúde. Um novo balanço sobre a procura deve ser divulgado nesta quarta-feira.
A baixa adesão, segundo o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, pode ser explicada pela agressividade menor do vírus que circula em 2017. A Secretaria, ainda assim, reforça a orientação para que a população de risco que ainda não se vacinou vá aos postos o quanto antes, uma vez que a vacina precisa de duas a três semanas para fazer efeito.