Caso em Pelotas eleva para oito número de suspeitas de zika vírus no RS
Porto Alegre registra oito pacientes sob investigação
Um caso em Pelotas, que envolve um paciente que retornou do Recife com sintomas de zika vírus, elevou para oito o número de suspeitas da doença no Rio Grande do Sul. Um relatório emitido hoje pela Secretaria Estadual da Saúde cita quatro suspeitas, três delas descartadas, mas o levantamento ainda não leva em conta sete casos que a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre informou, no fim de semana, estar investigando. As coletas foram enviadas para um laboratório da Fiocruz em Curitiba, no Paraná. O zika vírus, que até agora não teve casos confirmados no RS, é transmitido pelo Aedes Aegypti, mosquito vetor da dengue e da febre chikungunya, e a inexistência de vacina no mercado torna essencial a eliminação dos focos do inseto.
Não há registro de mortes em função da enfermidade, e a taxa de hospitalização é considerada baixa. Na segunda metade de 2015, porém, especialistas identificaram relação entre o zika e o surgimento de casos de microcefalia em bebês, sobretudo no Nordeste, em locais em que o vírus da dengue também circula.
O Ministério da Saúde declarou Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e já confirmou que pelo menos 134 casos de microcefalia, de um total de 2.401 notificados em 2015, em 20 estados, tiveram relação com a infecção da gestante pelo vírus zika. Em 102 situações, exames descartaram essa possibilidade. Nos 2.165 casos restantes, um deles no Rio Grande do Sul, a hipótese ainda é investigada. A situação envolve um bebê nascido em Esteio com má formação cerebral. A mãe dele viajou para o Nordeste no fim de 2014 e relatou sintomas do zika durante a gravidez. A criança, hoje com quatro meses, recebe atendimento especializado.