Campanha de vacinação é prorrogada, mas segue baixa procura em Camaquã
Apenas cerca de 40% das pessoas de cada grupo prioritário foram até postos de saúde para serem imunizadas
A campanha da vacinação foi prorrogada até dia 15 de junho. A alteração do prazo foi devido à greve nacional dos caminhoneiros, que durou 10 dias.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pretende vacinar 90% da população contra a gripe até o fim da campanha. Porém, a baixa procura por parte dos pacientes preocupa a pasta. Até o momento, somente cerca de 40% das pessoas de cada grupo procuraram unidades de saúde locais para serem imunizadas.
Conforme a enfermeira responsável pelo setor de vacinação da SMS, Carla Poschi, a cobertura está abaixo da média. “Os idosos e os doentes crônicos são os grupos que mais procuraram se vacinar até agora. Mas nossa preocupação são as crianças, gestantes e as mães que deram à luz nos últimos 45 dias.”, alerta.
A dúvida de muitas pessoas na hora de se vacinar é devido ao mito de que a dose deixa o paciente doente. Segundo Carla Poschi, 15 dias após a vacina podem ocorrer algumas reações normais. “A vacina da gripe é o vírus morto. Caso o paciente mal-estar, dores no corpo ou tenha febre, significa que o corpo está produzindo anticorpos”, explica Carla.
Carla afirma que houveram algumas modificações na composição da vacina. “A dose já possui a Influenza e o H1N1, que são nossos “conhecidos”. Nesta campanha foi acrescentado o H3N3, pois este é o vírus em maior circulação no Estado neste ano. Os pacientes precisam se vacinar todos os anos, pois o serotipo se modifica sempre”.
Contraindicação
A única contraindicação da vacina da gripe é para pacientes que têm alergia à proteína do ovo. Segundo a enfermeira Carla, o vacinador sempre pergunta se o paciente é alérgico.
Carla afirma que não há possibilidade de vacinar pacientes alérgicos a ovo. “No caso de crianças de seis meses, orientamos que os pais deem ovo aos filhos antes de vaciná-los. Caso a criança, ou até mesmo adultos, sejam alérgicos, há grande risco de causar choque anafilático.”, explica.
Os grupos a serem vacinados são:
– Crianças de seis meses a menores de cinco anos;
– Trabalhadores da saúde;
– Professores da rede pública e privada;
– Indígenas;
– Gestantes;
– Puérperas (até 45 dias após o parto);
– Pessoas privadas de liberdade;
– Funcionários do sistema prisional;
– Doentes crônicos (com prescrição médica em posto de saúde);
* Pacientes cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do SUS devem procurar unidades de saúde em que estão registrados para ganhar a dose, sem necessidade de receita.
Onde se vacinar?
– Secretaria Municipal de Saúde (Setor de vacinação) – Rua Onófre Pires, 336;
– Posto de Saúde Dr. Telmo Marder (em frente ao hospital) – Rua Cristóvão Gomes de Andrade, 630;
– Posto de Saúde Santa Marta – Rua Capitão Jango Castro, 631;
– Posto de Saúde Carvalho Bastos – Rua Erlínio Rodrigues Assis, 535;
– Centro Social Urbano (CSU) – Rua Cruz Alta, 1054, bairro Viégas.
Vacina liberada para população
Carla Poschi afirma que a vacina só será distribuída ao restante da população após a SMS atingir a meta, mediante autorização do Ministério da Saúde. “Os únicos grupos que a gente pode vacinar antes são, por exemplo, funcionário da Brigada Militar a Polícia Rodoviária Federal”, explica.
Quem não faz parte dos grupos prioritários deve procurar uma clínica particular para se imunizar. O preço médio da dose é de R$ 100, e a diferença está na presença de um quarto tipo de vírus na composição, que eleva o nível de proteção.