Cadastramento para doação de medula em Camaquã supera em dobro média do Estado
Promovida pela Associação dos Transplantados da Região Centro-Sul (ATC) e realizada pelo Hemocentro do RS (Hemorgs), a ação ocorreu nesta terça-feira (13), no Centro Administrativo Municipal
A equipe do Hemocentro, instalada num ônibus especial da instituição, realizou nesta terça-feira (13), 221 coletas de potenciais doadores de medula óssea. A ação visa buscar doadores para dois camaquenses que sofrem de Leucemia, a Dr. Taís e o garotinho Elias que completou ontem 6 anos de idade.
O número de doações de sangue, segundo os funcionários do Hemorgs, supera as médias de cadastramento verificadas nas campanhas diárias no Estado – inclusive em cidades maiores.
Atualmente, o Brasil registra aumento de casos de leucemia. Na maioria das vezes, a doença somente pode ser neutralizada através de transplante. O dado positivo é que nas últimas duas décadas, o número de doadores voluntários vem aumentado. Enquanto em 2000, o cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) contava com apenas 12 mil, os candidatos hoje superam a marca dos 2 milhões. É o terceiro maior banco de dados do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Para ter seu nome inserido no registro o possível doador deve ter entre 18 e 55 anos incompletos, estar bem de saúde, portar documento de identidade e preencher um formulário. São coletados 5 ml de sangue para a análise do código genético de compatibilidade (histocompatibilidade, HLA) com prováveis receptores. Os dados, juntamente com o resultado do exame de HLA, serão incluídos no banco de dados. Quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada com o possível doador que fará um exame clínico para confirmar o bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Para o presidente da ATC, Gilmar Ehlert, o sucesso de mais este dia de campanha se deve, antes de tudo, ao espírito solidário da comunidade camaquense. O popular Pinguim também reconhece o apoio de empresas, da imprensa e do setor público, que oferecem condições para viabilizar a ação.