Até abril, Brasil registrou 40 mortes por dengue, diz Ministério da Saúde
Também foram registrados 4 óbitos por chikungunya e 1 por zika até abril
Do início do ano até 21 de abril, 45 casos de mortes por dengue, chikungunya e zika foram confirmados em 2018. De acordo com as informações do último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
Os dados apontam uma diminuição nos casos em comparação ao ano de 2017. No mesmo período do ano passado, foram confirmadas 156 mortes por dengue, chikungunya e zika no Brasil.
Dessas, foram 72 casos por dengue, 83 por chikungunya e uma morte por zika, registrada em Rondônia. Em 2018, a única morte por zika foi notificada no estado da Paraíba.
Por região
As informações anunciadas pelo Ministério da Saúde apontam que o Centro-Oeste foi a região com maior número de casos de dengue registrados neste ano, com destaque para Goiás e Mato Grosso. Já o Sudeste foi a região com mais notificações de chikungunya.
Em relação à dengue, o Centro-Oeste registrou 37,3% dos casos, seguido pelo Sudeste, com 33,2%, Nordeste, 18,7%, Norte, 8,2% e Sul, 2,4%.
Já as notificações de chikungunya se concentraram no Sudeste, que responde por 38,2% dos casos, seguido do Centro-Oeste, 37,5%, Nordeste, 14,9%, Norte, 8,6% e Sul, 0,6%.
Os casos de zika foram mais incidentes no Nordeste, que apontou 890 casos, logo após está o Centro-Oeste, com 863, Sudeste, 790, Norte, 410 e Sul, 32.
Vacina da dengue
Disponível na rede privada em grande parte do país, a vacina contra dengue passou a não ser recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para quem ainda não teve a doença.
A orientação foi informada em novembro do ano passado e, segundo a agência, o imunizante é considerado seguro apenas para quem já foi infectado pelo vírus.
A medida foi tomada após o fabricante da vacina Dengvaxia, o laboratório Sanofi-Aventis, apresentar informações preliminares e ainda não conclusivas que apontam que indivíduos que não tiveram contato prévio com o vírus da doença, ao tomarem a vacina da dengue podem desenvolver formas mais graves da patologia, caso sejam expostos à picada de um mosquito infectado posteriormente.
Em nota, a Anvisa informa que “a vacina em si não desencadearia um quadro grave da doença nem induzia ao aparecimento da doença de forma espontânea. Para isso, é necessário o contato posterior com o vírus da dengue por meio da picada de um mosquito infectado”.