A saúde do futuro: entenda as vantagens da medicina domiciliar
Conforto, atendimento personalizado e presença familiar são as principais vantagens da modalidade
Hospitais não são exatamente lugares muito convidativos. O conceito de criar prédios para concentrar pessoas adoentadas buscando por diagnósticos e tratamentos começou na Grécia, 400 anos antes de Cristo, e se estendeu por toda a História desde então.
Com a Revolução industrial, contudo, o conceito ganhou uma nova função: receber pacientes e fazer com que eles saíssem de lá o mais rápido possível.
Embora pareça atenciosa, essa função atribuída aos hospitais tem grandes serventias ao Capitalismo como o conhecemos: ao mesmo tempo em que permite um rápido retorno do paciente aos meios de produção, torna livre um leito para o recebimento de um novo enfermo. Eleva-se os índices de lucro e produtividade em detrimento da humanização da saúde e da atenção às pessoas.
O aumento da expectativa de vida e, consequentemente, aumento populacional, vem levando sistemas de saúde ao redor do mundo a enfrentar problemas como insuficiência no número de hospitais frente à demanda, longas distâncias a serem percorridas por pacientes para chegar a centros de tratamento, esperas para atendimento e diagnósticos e sobrecarga dos profissionais envolvidos.
Pesquisas apontam que 46% dos serviços hospitalares poderiam ser realizados em casa, reduzindo quase pela metade o número de pacientes em hospitais.
As vantagens do cuidado domiciliar
As distâncias e esperas são apenas exemplos dos muitos motivos pelos quais ir ao hospital é desconfortável. Pessoas que demandam exames frequentes – principalmente idosos e pacientes de doenças crônicas como o câncer -, gastam grande parte de seu tempo em trajetos cansativos, que muitas vezes exigem presença de acompanhantes para procedimentos que poderiam ser realizados em suas casas, como coleta de sangue ou acompanhamento de tratamentos, fazendo com que estas pessoas possam usar seu tempo de maneira mais agradável, como em atividades com familiares.
“Isso reduziria hospitais a centros de atendimento menores, ágeis e móveis”, segundo especialista em Healthcare Niels Van Namen.De acordo com ele, muitas pessoas deixam de fazer acompanhamento médico regular por conta do deslocamento, buscando tratamento apenas em estágios avançados, levando a procedimentos mais caros e invasivos.
Para o especialista, os custos com saúde, tanto por parte do paciente quanto por parte de órgãos públicos seriam menores com atendimento domiciliar.
Medicina preventiva e tratamentos em domicílio
Por meio de consultas privadas ou programas públicos de saúde, já é possível contar com este tipo de assistência. E embora certos tratamentos só possam ser realizados em hospitais, a tendência é que cada vez mais eles fiquem restritos a procedimentos mais delicados, como internação em UTIs, cirurgias e situações emergenciais.
A finalidade de programas como Médico da Família é justamente realizar o devido acompanhamento de indivíduos ao longo de suas vidas e atuar na prevenção e no tratamento de doenças, além de sugerir a adoção de prática de atividades físicas que os pacientes possam realizar em suas próprias casas, como a prática da calistenia, alongamentos e caminhadas em esteiras elétricas. Empresas como a SaudeLAB já investem no segmento de healthcare personalizado, demonstrando a tendência de crescimento de tratamentos de saúde que prezam por abordagens mais humanizadas.
