Saiba como ajudar pessoas em situações de vulnerabilidade social
A secretária Mara Eliane Vargas da Silva e a coordenadora do Albergue Municipal, Marilda Bergmann, falaram sobre o assunto na ClicRádio; confira
Pessoas em vulnerabilidade social extrema, vivendo nas ruas e em péssimas condições, fazem parte do cotidiano de todos os brasileiros. Infelizmente se deparar com alguma pessoa nestas condições é cada dia mais comum.
Enquanto essas cenas ficam mais frequentes, a situação vai perdendo o peso e se tornando apenas um detalhe de um dia corrido. Porém para algumas pessoas essas imagens marcam e se tornam motivação para lutar por mudanças que atinjam essas pessoas.
Para lidar com a situação de vulnerabilidade social do nosso município de Camaquã, existe uma extensão do Albergue Municipal. As pessoas podem entrar no local entre às 18h e às 20h para pernoitar. Eles podem ficar até às 7h da manhã do dia seguintes.
Neste local eles podem tomar banho quente, se alimentar e ainda recebem atendimento de um assistente social. “Eles são orientados a permanecerem ali, recebem roupas e alimentação”, afirmou a secretária da Secretaria Especial da Mulher, do Trabalho e Desenvolvimento Social, Mara Eliane Vargas da Silva.
Um grande problema informado pela secretaria, se dá quando as pessoas precisam ficar no albergue, mas não querem ter atendimento. Ela comentou sobre alguns episódios em que pessoas se comportam de forma “inadequada” em público.“Nós fazemos abordagens, vamos ao encontro, mas eles negam o atendimento”, afirmou.
“Assim mesmo fazemos dever. Vamos atrás. No entanto como normalmente são pessoas agressivas que precisam de tratamento, fica muito difícil a nossa abordagem”, comentou. “Nesses casos é feito o parecer social, encaminhado ao Ministério público via CAPS, onde são tomadas as devidas providências”, divulgou.
A secretária Mara Eliane comentou que estão realizando uma “operação” para tentar encaminhar uma pessoa que está vivendo em extrema vulnerabilidade. Ela informou que já tentaram realizar a abordagem da pessoa mais de uma vez e ela conseguiu fugir.
“O pessoal pergunta porque a gente não dá medicação para fazer dormir, mas esse não é o nosso trabalho. Nós trabalhamos com seres humanos”, afirmou. “Nós seguimos com o nosso trabalho e temos certeza que esta pessoa será internada, fará o tratamento e poderá ser reintegrada a sociedade” , expressou.
Quem são essas pessoas?
“Essas pessoas que ultimamente andam nas ruas [de Camaquã], são pessoa conhecidas da secretaria por muitos anos”, informou a coordenadora do Albergue Municipal de Camaquã, Marilda Bergmann. “São pessoas com vínculos familiares estremecidos, com a família toda abalada, que foram tratadas nos CRAS”, explicou a coordenadora.
“Algumas delas são pessoas que têm até beneficio, que já tem o CID diagnosticado pelo INSS, mas são pessoas que querem a liberdade”, comentou Marilda. “Eles ficam na rua e sabem que lá no albergue eles vão ter o que comer e se precisarem vão ter um banho, mas nem um banho eles querem”, explicou. De acordo com Marilda, a família foi contatada e demonstrou preocupação, colaborando com a internação compulsória via ação judicial.
Ela explicou que essa realidade nem sempre está associada a negligência da família. Não quer dizer que eles estão na rua porque a família não quis ficar próxima, em alguns casos as pessoas não quiseram ter contato com os familiares e preferem ficar na rua.
Para entrar em contato com a secretaria e informar sobre pessoas em situação de vulnerabilidade social, basta ligar para o número 51 3671.5463.