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Safra de grãos no RS triplica em 20 anos

O agronegócio, que representava 29,5% do PIB do Rio Grande do Sul no ano 2000 e hoje chega a 40,5%


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 09/03/2019 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Contar a história da Expodireto-Cotrijal é resgatar a evolução do agronegócio gaúcho. Quando a cooperativa organizou a primeira feira em Não-Me-Toque, em 2000, a participação do agronegócio no PIB gaúcho era de 29,5%. Hoje, o índice está em 40,5%.

– Crescemos porque cresceram a indústria e o investimento em pesquisa e tecnologia, em razão das demandas da agricultura. E a feira tem bem essa cara – diz o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz.

De 2000 para cá, a safra de grãos de verão no Estado saltou de 13,85 milhões toneladas para 32,02 milhões de toneladas em 2019, segundo previsão do IBGE. O rendimento médio do milho cresceu 2,7 vezes e o de soja dobrou no mesmo período. Essa ajuda não caiu do céu.

– Antigamente, o agricultor rezava para chover e depois rezava para parar de chover – brinca Alencar Rugeri, assistente técnico da Emater.

Se o clima não mudou, o mesmo não se pode dizer das tecnologias ao alcance do produtor. A transgenia, a profissionalização no campo, com planejamento e gestão, as inovações no tratamento de sementes, a agricultura de precisão e, claro, o plantio direto, que deu nome à feira, impactaram o setor.

– Existe o antes e o depois da Expodireto – diz Oriberto Adami, gerente regional da Emater em Passo Fundo – A feira representa a difusão de tecnologia, novos equipamentos, lançamento de cultivares. E tudo isso refletiu em maior produtividade.

De mãos dadas com o agronegócio gaúcho, a mostra também cresceu. Em 2000, recebeu 41 mil visitantes e foi palco de negócios que somaram R$ 68,7 milhões (números atualizados pelo INPC). Na edição mais recente, 265 mil pessoas foram ao parque, e a comercialização ultrapassou R$ 2,2 bilhões. Não por acaso, seu recorde se deu em ano de supersafra, 2014, quando movimentou R$ 3,2 bilhões. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, atribui o sucesso daquela edição também à liberação de recursos para financiamentos a longo prazo com juro mais acessível.

Como todo casamento, o agronegócio gaúcho e a Expodireto também passaram juntos por maus momentos, como na seca de 2005. Mânica lembra que empresários sugeriram suspender a feira devido à crise causada pelo impacto na produção, que só na soja foi de 70% no Rio Grande do Sul.

Para muitos, não havia clima para o evento. Mas Mânica pensava diferente:

– Quis fazer uma feira da autoestima, da esperança.

A mostra de 2005 foi realizada, mas com quedas no público e na comercialização. Foram necessários mais de quatro edições para superar os números de 2004.

 

A origem no plantio direto

Elogiada pela organização, a feira traz a marca do rigor imposto por Mânica. Mas seu embrião foi concebido em 1998, quando o agrônomo Gilberto Borges projetou um evento para difundir o plantio direto. Ao lado da mulher, Juliane, e com apoio da Emater e Embrapa Trigo, Borges promoveu a primeira Expodireto, em 1999, em Carazinho. No ano seguinte, o casal bateu à porta de Mânica para buscar parceria. Assim, nasceu a primeira edição da Expodireto em Não-Me-Toque. Desde então, a feira apresenta o nome da Cotrijal. Viúva de Borges, Juliane é diretora da revista Plantio Direto, que hoje participa da feira apenas como expositora.

– A Cotrijal tem um mérito incrível. Criou um evento representativo, que movimenta vários setores – reconhece.

Antes de se tornar referência em  tecnologias para o campo, a Expodireto recebeu revendedores, e hoje cada marca tem espaço próprio. Também é proibido ligar equipamentos nos estandes. Com vias calçadas, sem venda de bebida alcoólica nem shows e funcionamento de segunda a sexta, das 8h às 18h, o evento é conhecido pela limpeza. 

Do Paraná veio boa parte do modelo da exposição gaúcha. Mânica foi a Cascavel e acabou surpreendido por Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, quando ouviu o que ele investiu para fazer a Show Rural. Inicialmente, Mânica previa desembolsar R$ 100 mil; acabou gastando R$ 900 mil, bem perto do R$ 1 milhão do evento paranaense.

– Hoje, dá para dizer, modestamente, que a nossa feira é tão importante quanto ou mais do que a da Coopavel. Mas vamos dizer que é igual pra não dar ciumeira – brinca Mânica, para quem o desafio da Expodireto é continuar crescendo sem perder o foco em tecnologia, inovação e oportunidades de negócios.

 

Olhar atento às novidades que se encaixam na lavoura da família

Agricultura familiar

Na propriedade dos Henn, em Tapera, o mês de março é de festa nos últimos 20 anos. É que o primogênito, Jardel Augusto, comemora aniversário com a Expodireto-Cotrijal. Caso cada vez mais raro na agricultura familiar, o jovem segue os passos dos pais, Leonisio e Julia. Ele e o irmão, Christian André, estudam Agronomia, em Passo Fundo. 

Desde pequenos, acompanham os pais nas visitas à Expodireto. É lá que a família busca conhecimento nos estandes ou nas palestras e fóruns. Nos últimos anos, com o olhar mais apurado devido à faculdade, já aconselham.

– Sempre tem lançamentos para olhar e pensar no que é possível encaixar na tua lavoura ou não – diz Jardel.

Nas últimas duas décadas, nem toda novidade adaptou-se à realidade de Leonisio, que tem 300 hectares em sociedade com dois irmãos. 

A soja Roundup Ready (RR), por exemplo, foi revolucionária para grandes e pequenos produtores quando surgiu. Mas há variedades inviáveis para o agricultor familiar pelo custo dos royalties, observa Leonisio Henn.

– Você vai à Expodireto para ver o futuro. Tem pulverizador lá que é sonho de consumo nosso, máquinas que custam até R$ 1 milhão. Se queima uma placa dessas, o custo é R$ 30 mil, R$ 40 mil. E como vou tirar esse custo da lavoura? A feira ficou muito grande para o pequeno produtor – destaca.

A produtividade aumentou sem necessariamente aumentar a renda. Segundo Leonisio. quando plantava soja com o pai, “não se gastava nada”.

– Um pouco de adubo e o resto era enxada e semente guardada em casa. Colhíamos 25, 30 sacas por hectare. Mas o dinheiro era limpo. Hoje são 75, 80 sacas em anos bons. Mas o custo é de 50 sacas – ressalta o agricultor. 

Em compensação, as safras de milho têm sido excelentes. Com média de 240 sacas por hectare neste ano, o retorno está garantido.

Na qualidade de vida, a melhora é indiscutível, diz ele, que chegou a quebrar milho com as mãos. Encher 20 sacas em uma hora, com até sete pessoas trabalhando, era uma façanha, recorda. Hoje, é questão de minutos com a ajuda das colheitadeiras, uma de 1994 e outra de 2013, conduzidas por pai e filhos, junto com o trator de 1979 – que “vai muito bem”. 

– Tudo isso é tecnologia. São melhorias na estrutura de solo, melhores variedades genéticas – diz Leonisio.

Por isso, a família já se programa para, a partir de segunda-feira, comemorar os 20 anos de Jardel e fazer a tradicional visita à feira para conferir as novidades.


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