Seis municípios gaúchos decretam situação de emergência
Na região, Cristal, São Jerônimo, Amaral Ferrador e Canguçu já decretaram a situação devido a estiagem
Após um 2017 marcado por diversos temporais e enxurradas, o ano de 2018 começa com estiagem em muitas cidades, principalmente da região sul do Estado. A falta de água já fez com que seis municípios decretassem situação de emergência.
A cidade de Cristal, região centro-sul gaúcha, já teve o decreto homologado pelo Estado e reconhecido pelo governo federal. Outros cinco municípios esperam a análise dos decretos para então terem direitos à verbas extras e dispensa de licitações para contratar serviços específicos. São elas: Morro Redondo, Pedras Altas, São Jerônimo, Hulha Negra e Amaral Ferrador. Em Canguçu e Bagé, a situação também é complicada e as prefeituras estudam a possibilidade de solicitar o decreto.
O Sub-chefe da Defesa Civil, Coronel Jarbas Ávila analisa a situação: “Principalmente na região sul do Estado nós estamos enfrentando uma situação bastante atípica nos últimos anos. Desde 2012 não tínhamos estiagem nesse nível”.
A Defesa Civil está trabalhando no auxílio à população, destinando água potável para ser distribuída nas cidades.
“A Prefeitura pega um caminhão e coloca um reservatório de água que cabe muitos mil litros de água, e distribui principalmente para as áreas rurais pois as zonas urbanas ainda não estão sendo atingidas da mesma forma”, explica o sub-chefe da Defesa Civil.
O Prefeito de Pedras Altas, Bebeto Perdomo confirma o cenário. Áreas rurais são as mais afetadas no município:
“Nós temos cinco assentamentos sem água potável para tomar. A questão do nosso interior, principalmente a questão da cultura da soja: nós temos uma perda de mais 30%, no milho mais de 50%, pois as pessoas não conseguiram plantar e a bacia leiteira hoje também com uma perda significativa também com mais de 50%”, relata.
Aguardando a homologação do decreto de emergência, Bebeto explica que a prefeitura tem encontrado dificuldades no custeio extra que a distribuição de água solicita.
“Estamos pressionando o Governo do Estado para que seja homologado nosso decreto de emergência, e também pedindo recursos como máquinas que nos permitam fazer poços e bebedouros e principalmente recurso para custeio”, afirma Bebeto.
Esta falta de chuva é decorrência no fenômeno La Niña, que diminui a temperatura das águas no oceanos e causa diversas alterações climáticas em determinadas regiões do planeta.