Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

  • globalway (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335
  • CMQ 01 010 (1)
  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494
  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • 970×90
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)
  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • TEXEIRA GÁS ultragaz

Projeto do polo carboquímico prevê instalação de mina próxima ao Rio Camaquã

Debate sobre impacto ambiental foi levantado em discussão sobre instalação da Mina Guaíba


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 10/07/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Os quatro novos projetos de mineração — Mina Guaíba, Fosfato Três Estradas, Projeto Retiro e Projeto Caçapava do Sul — seguem em busca de licenciamento no Estado, mas já desenterraram uma antiga polêmica entre o benefício econômico da atividade e a preocupação de ambientalistas com o impacto desses empreendimentos sobre a natureza.

O projeto de Caçapava do Sul ficaria instalado a menos de 10km do Rio Camaquã e poderia afetar a agricultura em toda a região, além da vida em todo o rio e na Laguna dos Patos.

Mapa das minas

— Vemos com muita preocupação essa nova onda de projetos de mineração no Estado. Queremos desenvolvimento, mas nos interessa o rumo desse desenvolvimento. Enquanto outras partes do mundo tentam se transformar em polos de software, de produção de chips, nós vamos nos tornar um Estado mineiro? — questiona o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez.

O ambientalista sustenta que cada tipo de empreendimento tem riscos específicos, mas, em linhas gerais, o temor é de contaminação do solo, do ar e da água com componentes químicos variados.

— Não adianta dizer que tem tecnologia avançada. Sempre haverá impacto. É incompatível com o tido de desenvolvimento que desejamos — afirma Milanez.

O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, diz que o risco faz parte do negócio, mas pode ser contornado.

— Tem de usar a engenharia certa, gerir corretamente. Por outro lado, a mineração é extremamente alavancadora de emprego e renda. Faz girar a economia. Criciúma, em Santa Catarina, cresceu por conta do carvão — exemplifica Zancan.

Uma parte dos moradores de regiões próximas a futuros empreendimentos, como na região de Lavras do Sul, já se mobiliza para tentar evitar a instalação de minas.

— A preservação do bioma Pampa é incompatível com a mineração. Nosso produtos agrícolas ficarão estigmatizados pelo risco de contaminação — argumenta a produtora rural Márcia Colares, 47 anos, que vive próximo ao limite de Bagé com Caçapava do Sul e participa de uma associação de defesa ambiental contrária aos projetos previstos para a região.

O promotor Daniel Martini, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público (MP), afirma que o órgão vem acompanhando os processos de licenciamento (com exceção do projeto em São José do Norte, sob cuidados do Ministério Público Federal):

— Todos entendem que o Estado precisa se desenvolver e não será o MP que vai atravancar o desenvolvimento. Mas temos de ver o que é razoável ou não. Se a equação entre desenvolvimento e preservação for equilibrada, está certo. Se o custo ambiental for maior do que os benefícios, caberá ao Ministério Público agir.

Os minérios e para que servem

Veja algumas das destinações dos materiais envolvidos nos novos projetos de extração no Estado


  • Areia e cascalho


    Materiais utilizados na construção civil, em obras de infraestrutura e civis, pavimentação, concreto e edificações.


  •  


  • Calcário


    Utilizado na agricultura para correção do pH do solo, em nutrição animal e na indústria.


  • Carvão


    Tradicionalmente queimado para geração de eletricidade, agora a ideia é convertê-lo em gás (chamado gás de síntese) para produção de energia ou conversão em outros produtos químicos como combustível sintético.


  •  


  • Chumbo


    Utilizado principalmente em baterias automotivas, industriais, soldas, fusíveis, revestimento de cabos elétricos e na proteção contra raio-X.


  • Cobre


    Em razão da sua excelente condutividade, é empregado em sistemas elétricos. Está presente em fios elétricos, celulares e ar-condicionados.


  •  


  • Fosfato


    Composto químico formado por fósforo e oxigênio, sua principal aplicação é na agricultura, como fertilizante.


  • Titânio


    O mineral encontrado no Estado pode ser empregado para produzir pigmentos para tintas com aplicação em plásticos e papéis, entre outros.


  •  


  • Zinco


    Empregado na agricultura, na indústria farmacêutica e cosmética. Auxilia no tratamento de doenças como pneumonia, malária e desnutrição. Presente em produtos de maquiagem, fivelas de bolsas, desodorantes, tintas e lâmpadas fluorescentes.


  • Zircônio


    Pode ser usado como aditivo aumentando a resistência de aços ou usado em ligas como o níquel na indústria química. Também usado na indústria cerâmica.

MPF tenta suspender licença em São José do Norte

Dos quatro empreendimentos em busca de autorização para iniciar a extração de riquezas do subsolo gaúcho, apenas um já conseguiu licença prévia — mas corre o risco de perdê-la. O projeto Retiro, que pretende escavar titânio e zircônio em São José do Norte, obteve o primeiro documento de liberação por parte do Ibama, porém o Ministério Público Federal (MPF) entrou com  ação na Justiça para reverter essa concessão alegando falhas no processo e risco ao ambiente.

A licença prévia é a primeira etapa de licenciamento e indica que um determinado empreendimento é adequado para se instalar em uma determinada área. Depois disso, é preciso obter as licenças de instalação (que permite obras) e de operação (a qual autoriza o começo da atividade propriamente dita). Dos projetos gaúchos, apenas o de São José do Norte corre na esfera federal. Os demais ainda buscam a licença prévia junto à Fepam.

O MPF ajuizou duas ações em dezembro de 2018 requerendo a nulidade do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e da licença prévia da mina. Por meio de nota, a procuradora da República Anelise Becker apontou “graves deficiências” nos estudos ambientais e a falta de identificação de comunidades tradicionais de pescadores potencialmente atingidos para justificar o pedido. A Justiça Federal de Rio Grande negou a solicitação, e o MPF recorreu da decisão. O processo segue em tramitação.

Segundo o MPF, o Plano de Recuperação da Área Degradada não contém “plano preestabelecido para o uso do solo nem cronograma físico e financeiro de execução dos trabalhos de recuperação, sendo incerto o tempo que o ecossistema poderá levar para recuperar suas características, de modo que não apresenta garantias para a efetiva recuperação ambiental da área”.

 A empresa Rio Grande Mineração, responsável pelo Projeto Retiro, informa que o setor jurídico da companhia vem acompanhando a tramitação do caso. Os empreendedores ressaltam que atenderam aos requisitos estabelecidos ao longo do processo de obtenção da licença prévia. 


  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)
  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • globalway (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494
  • TEXEIRA GÁS ultragaz
  • CMQ 01 010 (1)
  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • 970×90
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335