Pescadores e ambientalistas relatam preocupação com presença de piranhas no Guaíba
A presença do peixe causa alerta de desequilíbrio ambiental e acidentes, além de prejuízos para pescadores

Há alguns anos, a presença de piranhas tem causado preocupação em pescadores do Rio Jacuí, que atravessa o estado e deságua no Guaíba. Agora, segundo relatos e confirmação de pesquisadores, a espécie também está presente nas águas do lago, em Porto Alegre.
A espécie de piranha, também conhecida como palometa, é comum na região da bacia do Rio Uruguai, em cidades como Uruguaiana e Rosário do Sul. Segundo especialistas, é possível que a espécie tenha invadido outros rios por meio de lavouras de arroz irrigado. A presença do peixe causa alerta de desequilíbrio ambiental e acidentes, além de prejuízos para pescadores.
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No ano passado, a espécie já havia sido encontrada na Lagoa dos Patos, entre Arambaré e São Lourenço do Sul, levando autoridades a acreditar que o peixe já circulou pela região de Porto Alegre antes. Porém, desde o final do mês de abril, os relatos têm se intensificado pelas redes sociais, com fotos e vídeos dos peixes.
“Às vezes, quando puxa a rede, vêm só a cabeça e o espinhaço. A palometa já comeu o resto”, disse o pescador João Dias, 67 anos, em relato para GZH.
O professor Roberto Reis, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, confirma a presença de piranhas na região e alerta para situação de risco. De acordo com sua avaliação, se elas seguirem para as lagoas costeiras, será ainda pior.


Texto: Pablo Bierhals