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No dia 4 de julho de 1807, nascia o revolucionário Giuseppe Garibaldi

Durante a Revolução Farroupilha, foi preso pelos Uruguaios mas conseguiu fugir da de volta para o Rio Grande do Sul, onde foi incumbido de criar um estaleiro em Camaquã, em 1839


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 04/07/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Há 212 anos, nascia em Nice – cidade da Côte d’Azur – Giuseppe Garibaldi, combatente revolucionário de terra e mar que tomaria parte de lutas tão diversas quanto a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, a Guerra de Secessão Norte-Americana, a Guerra Franco-Prussiana ou o cerco a Montevidéo – no Uruguai. As guerras de independência e unificação da Itália seriam porém sua principal bandeira.

Filho de um barqueiro, Garibaldi cedo lançou-se à vida de marinheiro. Foi comandando a escuna Clorindaque conheceria em 1933 em Taganrog, na Rússia, as ideias do socialista utópico Henri Saint-Simon e sobretudo o movimento Jovem Itália, comandado por Giuseppe Mazzini, que visava a organizar um levante popular pela unificação italiana. Unindo-se ao movimento, participou de um levante malsucedido em Gênova em fevereiro do ano seguinte, sendo preso e condenando à morte.

Logrando escapar, Garibaldi – então com 28 anos – fugiu para o Rio de Janeiro, no Brasil, onde foi membro da chamada Congrega della Giovine Italia, conhecendo Luigi Rossetti e Bento Gonçalves – então preso na capital – e unindo-se à causa republicana da Revolução Farroupilha com uma Carta de Corso do último para capturar embarcações do Império.

Foi preso em ação pelas forças uruguaias e encarcerado na Argentina, conseguindo escapar mais uma vez, fugindo de volta para o Rio Grande do Sul onde foi incumbido de criar um estaleiro em Camaquã em 1839.

“Junto dos republicanos foi encarregado de criar um estaleiro, o que foi feito junto a uma fábrica de armas e munições em Camaquã, na estância de Ana Gonçalves, irmã de Bento Gonçalves. Garibaldi coordenou a construção e o armamento de dois lanchões de guerra. Para participar da empreitada marinheiros vieram de Montevidéu e outros foram recrutados pelas redondezas.”

Com suas embarcações, deu combate à marinha imperial em diversos pontos do sul sob comando de David Canabarro, inclusive Laguna e Imbituba. Participou ainda de combates em terra, como a conquista de São José do Norte junto ao próprio Bento Gonçalves.

Jefferson Botega / Agencia RBS

Rio Camaquã, primeiro trecho de navegação dos barcos de Garibaldi para a epopeia. Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS

Em Laguna, conheceria e mais tarde desposaria Ana Maria de Jesus Ribeiro (1821-1849). Ela o acompanharia em lutas nos dois continentes, tornando-se conhecida pelo nome de Anita Garibaldi. O casal teria quatro filhos.

Dispensado a pedido das forças revolucionárias, rumou com sua esposa e seu primeiro filho para Montevidéu, ali estabelecendo-se em 1841 e casando-se com Anita no ano seguinte. Chegou a comandar ataques à Argentina pela marinha uruguaia auxiliando na defesa da capital. A essa altura, as façanhas de Garibaldi na América do Sul já eram conhecidas na Itália, aonde retornaria em 1848, formando a Legião Italiana e dando combate à Austria e à França com Mazzini pela independência da Itália.

Eleito deputado republicano na assembleia constituinte da República Romana, o revolucionário se recusaria a capitular na defesa da Cidade Eterna. Retirando-se para o norte com quase quatro mil soldados perseguidos por forças dez vezes mais numerosas de espanhóis, napolitanos e franceses. Na retirada, Anita faleceria próximo a Ravena.

A República fora suprimida em 3 de julho de 1849 e Garibaldi rumaria mais uma vez ao exílio, primeiro em Tânger e depois em Staten Island, Nova York, em 1850, onde passou a trabalhar como fabricante de velas. Não tardaria a voltar para o mar, conhecendo países tão diversos quanto a Nicarágua, El Salvador, Peru e Austrália.

Retornando à Europa em 1854, se estabeleceria em Nice, onde supostamente pretendia dedicar-se à agricultura. Em 1858, lança-se novamente às guerras de unificação, agora em companhia de Enrico Cosenz e Giacomo Medici. Formando os Cacciatori delle Alpi, que tomariam praticamente todo o norte da Itália em 1959 e o sul no ano seguinte. No fim daquele ano, Garibaldi desfilaria diante do palácio do rei Vittorio Emmanuelle com cerca de 14 mil homens, 39 peças de artilharia e 300 cavaleiros, que se recusaria a revistá-los.

Em 1861, se voluntariaria a lutar na Guerra de Secessão Norte-Americana, sendo-lhe oferecido o cargo de general pelo presidente Abraham Lincoln, que no entanto ainda não aceitaria a outra condição de Garibaldi: declarar abolida a escravidão.

O revolucionário persistiria na unificação italiana, nominadamente visando a tomar Roma – sob jugo papal – e Veneza – ainda sob domínio austríaco, sucessivas vezes entre 1862 e 1867, sendo novamente preso diversas vezes. Em defesa da França, que apoiara a Segunda Guerra de Independência, Garibaldi comandaria uma bem-sucedida ocupação a Dijon em 1870. Foi seu último combate.

Mesmo como Deputado, Garibaldi se refugiaria com sua família em Caprera, na Sardenha, onde morreria em 2 de junho de 1882 aos 74 anos. Por sua tenacidade, sua capacidade de comando, sua inteligência e seu espírito revolucionário, Garibaldi é hoje rememorado em todos os lugares em que deu combate, inclusive no Brasil e evidentemente na Itália, onde é reverenciado como herói da unificação. Garibaldi sempre compreendeu a natureza concreta da verdadeira luta política como um embate entre forças reais, as quais priorizou à cretinice parlamentar.

Casa das Sete Mulheres. O local pertencia à dona Antônia, irmã do general Bento Gonçalves. Foto: Lauro Alves / Agencia RBS


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