Comerciantes organizam eventos para o carnaval em Arambaré
Com o fato do cancelamento do carnaval por parte do poder público de Arambaré, alguns comerciantes locais estão se mobilizando em organização de eventos para atrair o público às ruas nas noites de folia.
Embora não haja uma associação comercial, são ações individuais dos comerciantes que buscam montar estruturas para oferecer aos visitantes uma opção diferenciada durante o feriado prolongado em que a cidade tem multiplicada sua população pelos veranistas de toda região e da grande Porto Alegre, que buscam uma opção de lazer às margens da Lagoa dos Patos.
Para a comerciante Camila, proprietária de uma pizzaria no centro da cidade, próximo a orla da praia, a não promoção do carnaval pela prefeitura deve interferir diretamente no movimento de clientes em seu estabelecimento, neste sentido ela está ampliando um projeto de diversão que implantou ainda no final de 2015 e que tem embalado as noites de final de semana. É o projeto Música na Praia que deverá contar com uma banda de músicos do município vizinho, Cristal, para suprir um pouco da animação do que os trios elétricos traziam nos anos anteriores. A microempresária diz que ainda está se inteirando das questões legais e dos custos de infraestrutura para definir exatamente a dimensão do projeto. “Estamos cientes que isto não vai substituir o carnaval é apenas uma forma que encontramos de compensar um pouco, pois fomos pegos de surpresa com o cancelamento”, explicou.
A iniciativa de Camila deve contar com o apoio financeiro de outros comerciantes que também estão interessados no movimento de veranistas.
Outro comerciante, Paulinho, proprietário de uma lancheria no calçadão da praia também tem por hábito promover shows em frente ao seu estabelecimento. Ele também pensa em organizar algo maior para o carnaval, contudo está se inteirando das questões legais e custos para isso.
A prefeita Joselena disse que apóia a decisão dos comerciantes em promover eventos por entender que eles são os que têm lucro com o carnaval. Ela disse que a decisão de cancelar o evento foi difícil, mas necessária após um bloqueio judicial na ordem de R$ 256 mil por conta de uma ação indenizatória de um processo do ano de 2005.
Já quanto a estrutura para o feriado a gestora municipal reforça que não haverá preparação para as noites de folia, mas destaca que serão dispostos banheiros químicos na orla da praia e que a equipe médica do posto de saúde será ampliada nestes dias.