Vereador se emociona ao falar sobre ‘pacote da maldade’: “O servidor não é bandido!”
Claiton Silva afirmou que projetos reduzem salários e suspendem benefícios dos servidores públicos de Camaquã para pagar cargos de confiança
Na manhã desta quarta-feira, 27 de janeiro, o programa Bom Dia Camaquã recebeu o vereador Profº Claiton Silva, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). No estúdio da ClicRádio, o vereador apontou um “pacote da maldade” enviado pela base do Governo Municipal, que segundo o vereador, reduz vencimentos e suspende benefícios dos servidores públicos para pagar cargos de confiança.
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Claiton relatou que durante a 4ª sessão ordinária da Câmara dos Vereadores, ocorrida nesta segunda-feira (25), um grupo de servidores do município realizaram uma manifestação contra o pacote de medidas e foram ‘contidos’ por agentes de trânsito e pela Brigada Militar. “Os servidores da Divisão de trânsito que lá estavam não tem culpa nenhuma, eles estavam obedecendo ordens superiores”, ressaltou.
Ao falar sobre a maneira com que os servidores foram tratados, ele não conteve as lágrimas:
“Além de envergonhado como vereador e como servidor de carreira que sou, me senti humilhado com os meus colegas. É triste a gente ver uma ação dessas. É muito triste. Eu nunca vi isso! A Câmara foi lotada em 2017, por servidores, defendendo contra as RPV’s e isso não aconteceu. Os corredores lotaram e as pessoas foram respeitados. O servidor não é bandido para ser tratado desse jeito!”
Confira a entrevista completa:
O vereador e professor falou sobre as medidas propostas pelo Governo e teceu críticas à forma com que as mesmas foram pensadas:
“Tá reduzindo do servidor de carreira para pagar CC. Nós estamos votando os dois projetos juntos, ou seja: o presidente da Câmara vem aqui e diz que o projeto é para reduzir custos. Está reduzindo custos nas costas dos servidores doentes! Esta é a forma de reduzir custos. Pra dar pra quem? Para os cargos de confiança!”
Com relação a um dos projetos mais polêmicos em pauta, o Projeto de Lei Complementar nº 1 de 2021, Claiton afirmou que os três primeiros artigos alterados (114, 140 e 220) no Regime Jurídico dos Servidores Municipais servem para ‘furtar’ valor dos servidores em licença. “Tudo que for temporário vai ser perdido”, afirmou o vereador.
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Para exemplificar o projeto, o vereador apresentou o contra-cheque de uma servidora pública que possui salário de R$811,64 para desempenhar o cargo de serviçal. No seu salário, é acrescido 40% em insalubridade (R$418). Com descontos do IPE, FAPS e possíveis triênios adquiridos, o salário líquido fica em R$1.162. Além disso, a servidora também tem um vale alimentação de R$390.
Com a aprovação do projeto, a servidora deixaria de receber, a partir do 31º dia, a insalubridade, o vale-alimentação e os demais vencimentos temporários, restando um salário de pouco mais de R$600. “Se isso aqui não é furtar do servidor um benefício que ele, eu não sei o que é”, ressaltou o vereador.
