SINTRAF-SUL E FETRAF – RS participam de audiência pública na Assembleia Legislativa
No momento foi tratado sobre a crise do setor leiteiro e apresentam reivindicações dos produtores de leite ao Governo do RS
Publicado 22/10/2019
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Na terça-feira (15), o SINTRAF – Sul e a FETRAF RS estiveram ao lado produtores de leite e organizações como e MPA, além de Cooperativas, em audiência pública na Assembleia Legislativa no Auditório Dante Barone, para tratar sobre a crise do setor e mobilizações pelas principais vias de Porto Alegre. O preço pago aos agricultores não cobre os custos de produção e as Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura estão levando muitos produtores a abandonarem a atividade leiteira.
Após a audiência, o SINTRAF – SUL e a FETRAF – RS estiveram na comitiva que visitou o gabinete do governador do Estado Eduardo Leite para apresentar as reivindicações, e solicitar que o governo assuma pauta da defesa dos produtores de leite do Estado, intercedendo junto ao Governo Federal para que, no mínimo, prorroguem as INs 76e 77 e o estabelecimento de cotas de importação do Uruguai. O Governo do Estado ainda não apresentou uma política para a cadeia do leite, nada fez até agora para evitar o abandono de milhares de pequenos produtores da atividade do leite.
O presidente do SINTRAF – SUL e presidente da Câmara Municipal de São Lourenço do Sul Luis Weber esteve na comitiva que visitou o Governo do RS, entregando ao Secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, uma carta de reivindicações dos produtores de leite. A comitiva também contou com a participação do deputado estadual Zé Nunes e deputado federal Dionilso Marcon, entre outros parlamentares. Na oportunidade também foi solicitado recursos do FEAPER para compra de resfriadores para os agricultores familiares, que aumente as compras institucionais de leite; e destine recursos para um programa de qualidade da energia do campo, além da manutenção das estradas estaduais. A EMATER fez em 2015 um levantamento sobre a cadeia do leite no RS, onde se verificou a existência de 85 mil propriedades produzindo leite para entrega em indústrias e cooperativas. O mesmo levantamento repetido em 2017 já verificou a redução para 65 mil propriedades. Estimativas indicam que hoje são em torno de 55 mil propriedades que produzem leite para venda. Em quatro anos 30 mil propriedades abandonaram a produção de leite.