Sete candidatos concorrem ao Senado Federal nas eleições deste ano
Pela primeira vez desde a redemocratização, PMDB não indica titular à vaga
Junto com a definição das oito candidaturas ao governo do Estado também se desenharam as chapas para o Senado. A saída do decano Pedro Simon (PMDB), que ocupou uma cadeira por 32 anos – com três mandatos consecutivos nas últimas décadas -, movimentou o cenário, tendo em vista que diversos partidos consideravam a disputa mais difícil se ele tentasse a reeleição. Na campanha deste ano, sete candidaturas estão colocadas.
A desistência de Simon deixou espaço para que o PMDB indicasse um integrante dos partidos aliados nestas eleições. É a primeira vez desde a redemocratização que o partido não indica um membro para disputar esse cargo. Essa decisão não se deu sem uma disputa interna, que gerou o acordo com o PSB para indicar o deputado federal Beto Albuquerque.
Beto busca romper a polarização entre as candidaturas do pedetista Lasier Martins e do petista Olívio Dutra. Para tanto, Beto se apoia em uma coligação ampla, formada por PMDB, PSB, PSD, PPS, PTdoB, PHS, PSL e PSDC (O novo caminho para o Rio Grande).
O ex-governador Olívio Dutra recebe o apoio dos partidos da composição em torno da candidatura de reeleição do governador Tarso Genro (PT), que tem como aliados PTB, PCdoB, Pros, PTC, PR e PPL, formando com o PT a Unidade Popular pelo Rio Grande. Já o candidato da chapa encabeçada pelo deputado federal Vieira da Cunha ao Piratini, o comunicador Lasier Martins (PDT), tem o apoio da coligação formada ainda por DEM, PSC, PEN e PV (O Rio Grande merece mais). A empresária Simone Leite, que ganhou visibilidade como vice-presidente da Federasul, é a candidata da chapa da senadora Ana Amélia Lemos (PP), na aliança que tem também PSDB, SDD e PRB (Esperança que une o Rio Grande).
A Frente de Esquerda, formada por P-Sol e PSTU, terá como candidato o professor Julio Flores (PSTU) – a candidatura ao governo é encabeçada por Roberto Robaina. O PMN disputará um assento com o advogado Ciro Machado. O partido concorre ao governo com João Carlos Rodrigues. O PRP, que não tem candidatura ao Piratini também confirmou a candidatura independente do empresário Rubens Goldenberg.
Analisando as disputas desde 1982, o PMDB leva vantagem. O partido conseguiu eleger seus representantes em cinco dos oito pleitos: com José Fogaça e José Paulo Bisol em 1986, com Fogaça novamente em 1994 e com Simon em 1990, 1998 e 2006.
O PTB conquistou seu espaço em 1994, com Emilia Fernandes (hoje no PCdoB), e em 2002, com Sérgio Zambiasi. Já o PT, se mantém com uma cadeira no Senado desde 2002, com a eleição de Paulo Paim. Atualmente, ele é colega no Congresso de Simon e de Ana Amélia. Ana Amélia conquistou uma das cadeiras em disputa na última eleição para o Senado, em 2010, na qual Paim conseguiu a reeleição.
Desde 1990, essa é a eleição com o menor número de candidatos. Naquele ano, apenas quatro disputaram. Nas eleições seguintes, o total de candidaturas ficou entre nove e 11. A exceção foi 2002, ano da disputa mais acirrada: 17 pediam votos para o Senado – Zambiasi e Paim foram os escolhidos pela população.
