“Se me mostrarem foto com alguém da Odebrecht, renuncio”, diz Onyx
Ministro do STF Edson Fachin determinou abertura de 83 inquéritos após delações de ex-executivos da Odebrecht
Alvo de investigação autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) negou qualquer envolvimento com pessoas ligadas à construtora Odebrecht. Os pedidos de investigação aceitas por Fachin foram baseados em delações premiadas de executivos e ex-executivos da empreiteira.
“Nunca estive com ninguém da Odebrecht, desconheço as pessoas. Tenho absoluta tranquilidade dos meus procedimentos e vou em busca dos esclarecimentos. Se necessário, vou abrir mão do meu foro privilegiado. Devo isso aos meus eleitores, que confiaram em mim”, diz o deputado gaúcho.
Após declarar que se sente atacado “indevida e injustamente”, Onyx ainda afirmou que, no caso do surgimento de provas, ele deixaria o cargo: “Se alguém me mostrar uma foto, uma conversa, uma ida com alguém da Odebrecht, eu renuncio ao meu mandato“.
A lista de Fachin
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF com base nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Há sete políticos gaúchos na lista – o ministro Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, os deputados federais Marco Maia (PT), Maria do Rosário (PT), Onix Lorenzoni (DEM) e Yeda Crusius (PSDB), e os ex-diretores-presidentes da Trensurb Humberto Kasper e Marco Arildo Prates da Cunha.
Ainda segundo O Estado de S. Paulo, os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não aparecem na listagem por não possuírem foro privilegiado.