Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)
  • 970×90
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • globalway (1)
  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • CMQ 01 010 (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)
  • TEXEIRA GÁS ultragaz

Operação Lava-Jato é prorrogada até janeiro de 2021

Senadores comemoraram prorrogação da Lava Jato pelo Twitter: “Os poderosos deste país tentam matar (a operação) a todo custo”


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 11/09/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A decisão de prorrogar a Lava Jato foi comemorada por vários senadores no Twitter. A Procuradoria Geral da República (PGR) autorizou, nessa quarta-feira (9), a prorrogação da força-tarefa até 31 de janeiro do ano que vem. O prazo terminaria nesta quinta-feira (10).

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) comemorou a autorização de mais quatro meses de trabalho à Lava Jato. Para o senador, a força-tarefa é responsável por mudar “a histórica impunidade contra figurões” e já resultou “na prisão de centenas de políticos e empresários”. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apontou que “os poderosos deste país tentam matar a todo custo” a Lava Jato. Na opinião do senador, a força-tarefa “arrancou a máscara da face oculta do esquema de corrupção que parasita o Brasil”.

Já o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) destacou que seu partido enviou um ofício à PGR pedindo a prorrogação da força-tarefa. Segundo Alvaro, o documento que autoriza a prorrogação também indica que o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) deve adotar soluções para ampliar e institucionalizar a atuação conjunta no combate à corrupção em todo o país.

Conforme informou Eduardo Girão (Podemos-CE), a Lava Jato já recuperou R$ 4 bilhões para os cofres públicos. Ele também registrou que a operação teve 71 fases e viabilizou 159 condenações. Girão, no entanto, lamentou “o prazo tão curto de continuidade de uma das operações mais confiáveis e acreditadas do nosso país”. Os integrantes da força-tarefa queriam mais um ano de prorrogação. O senador ponderou que “a limpeza ainda não acabou” e acrescentou que “a gente sabe que tem muito mais gente para prestar contas à Justiça”. Ele pediu a mobilização da sociedade em defesa da força-tarefa e a favor de medidas de combate à corrupção.

— Infelizmente, a Lava Jato vem sofrendo reveses desde o ano passado. Completando seis anos de atuação, a Lava Jato é um símbolo brasileiro positivo do enfrentamento da corrupção — disse o senador, em vídeo divulgado por sua assessoria.

Críticas

O senador Humberto Costa (PT-PE), porém, critica o que chama de viés político da Lava Jato. Ele citou, especificamente, a busca em escritórios de advocacia, entre os quais o de Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula. A busca promovida nessaa quarta-feira (9) teve como justificativa uma suposta interferência indevida dos advogados em instâncias da Justiça.

Para Humberto, foi um profundo desrespeito às prerrogativas profissionais dos advogados, além de uma retaliação política. Ele definiu a operação como “um ato político para retaliar quem revelou os abusos cometidos na Lava Jato e as relações espúrias dos seus membros com entidades públicas e privadas brasileiras e também do exterior”.

— Foi um ato político daqueles que já criminalizaram a política e que agora querem criminalizar a advocacia em nosso país — declarou o senador, durante a sessão remota de quarta (9).

Na visão do senador Rogério Carvalho (PT-SE), “já passou da hora de termos a Lava Jato da Lava Jato”. Em sua conta no Twitter, o senador disse que o Brasil não suporta mais “a imoralidade, seja na política ou no meio judicial”. Segundo o senador, o procurador Deltan Dallagnol — ex-coordenador da Lava Jato, que recentemente deixou a operação — tem várias denúncias no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e “precisa pagar pelos seus crimes”.

Lava Jato

Os defensores da Lava Jato classificam a força-tarefa, realizada a partir de Curitiba (PR), como a maior operação da história do país no combate à corrupção. Em seis anos de atuação, a operação já condenou políticos como o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-presidente Lula. Seus críticos, porém, questionam a parcialidade de seus juízes e procuradores, reclamam de uma suposta atuação midiática e apontam uma série de infrações a regras do direito. Várias das decisões da Lava Jato têm sido anuladas no Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação

Operação Lava Jato é um conjunto de investigações, algumas controversas, em andamento pela Polícia Federal do Brasil, que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina.

A operação teve início em 17 de março de 2014 e conta com 71 fases operacionais autorizadas, entre outros, pelo então juiz Sérgio Moro, durante as quais prenderam-se e condenaram-se mais de cem pessoas. Investiga crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. A Lava Jato foi apontada por críticos como uma das causas da crise político-econômica de 2014 no pais. De acordo com investigações e delações premiadas, estavam envolvidos em corrupção membros administrativos da empresa estatal petrolífera Petrobras, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da República, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e governadores de estados, além de empresários de grandes empresas brasileiras. A Polícia Federal considera-a a maior investigação de corrupção da história do país.

O nome da operação deve-se ao uso de um posto de combustíveis para movimentar valores de origem ilícita, investigada na primeira fase da operação, na qual prendeu-se o doleiro Alberto Youssef. Através de Youssef, constatou-se sua ligação com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso preventivamente na segunda fase. Seguindo essa linha de investigação, prendeu-se Nestor Cerveró em 2015, que depois delatou outros. Em junho, a operação atingiu grandes empreiteiras brasileiras, como a Andrade Gutierrez e Odebrecht, cujos respectivos presidentes, Otávio Azevedo e Marcelo Odebrecht, foram presos; posteriormente, muitas outras empresas de ramos diversos seriam investigadas.

Ao longo de seus desdobramentos, entre outras pessoas relevantes que acabaram sendo presas graças à operação, incluem-se o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o seu sucessor Luiz Fernando Pezão, ainda durante o mandato, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, o publicitário João Santana, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o empresário Eike Batista e, em abril de 2018, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final de dezembro de 2016, a Operação Lava Jato obteve um acordo de leniência com a empreiteira Odebrecht, que proporcionou o maior ressarcimento da história mundial. O acordo previu o depoimento de 78 executivos da empreiteira, gerando 83 inquéritos no STF, e de que o ministro do tribunal Edson Fachin retirou o sigilo em abril de 2017. Novas investigações surgiram no exterior a partir destes depoimentos em dezenas de países, dentre eles CubaEl SalvadorEquador e Panamá.

Em 2017, peritos da Polícia Federal informaram que as operações financeiras investigadas na Operação Lava Jato somaram oito trilhões de reais. No mesmo ano, lançou-se o filme brasileiro Polícia federal: a lei é para todos, o primeiro duma trilogia, retratando os bastidores da operação; em março do ano seguinte, a Netflix lançou a primeira temporada da série O Mecanismo, dirigida por José Padilha, retratando o mecanismo da corrupção sistêmica brasileira. Vazamentos de conversas, realizadas através do aplicativo Telegram, entre Sérgio Moro e o Deltan Dallagnol, além de outros integrantes da força-tarefa, que foram divulgadas por Glenn Greenwald, do periódico virtual The Intercept, em junho de 2019 tiveram ampla repercussão.


  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • TEXEIRA GÁS ultragaz
  • CMQ 01 010 (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335
  • 970×90
  • globalway (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)
  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494