Maioria dos deputados gaúchos irá votar a favor da reforma da Previdência
Pelo levantamento de GaúchaZH, Rio Grande do Sul terá ao menos 20 dos 308 votos necessários para aprovar a proposta
Mais da metade dos deputados federais do Rio Grande do Sul afirmou que irá votar a favor da reforma da Previdência.
Segundo levantamento de GaúchaZH, o relatório aprovado na comissão especial na semana passada tem o apoio de ao menos 20 parlamentares gaúchos.
À reportagem, nove deputados disseram que irão se posicionar contra a proposta na votação na Câmara — outros dois preferiram não se manifestar ou não foram localizados.
Confira as justificativas:
A FAVOR
Afonso Hamm (PP)
Ao justificar o voto, Hamm cita a aprovação de uma emenda de sua autoria, que garante a manutenção de critérios atuais para a aposentadoria rural, e a retirada do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da capitalização, propostos pelo governo. O deputado disse que vai pleitear algumas mudanças no texto em plenário, como o retorno de Estados e municípios para dentro da reforma.
Alceu Moreira (MDB)
Moreira afirma que a reforma é “absolutamente necessária” para que o Brasil retome o crescimento e a geração de emprego. O parlamentar entende que não existe mais tempo por ressalvas e que “o melhor texto é o que foi possível construir”.
Bibo Nunes (PSL)
Nunes afirma que o texto que será colocado em votação não é o ideal, mas entende que a reforma vai “mudar o Brasil”, com a “juventude empregada” e com retomada da “credibilidade internacional”.
Carlos Gomes (PRB)
Gomes afirma que a reforma vai provocar a retomada da economia. O parlamentar também cita a elevação da expectativa de vida da população e o esforço na busca pela geração de emprego como justificativa do voto favorável ao texto.
Daniel Trzeciak (PSDB)
O parlamentar afirma que a reforma é importante para o país atrair investimentos e gerar mais emprego. Ele entende que a reforma coloca todo mundo “debaixo do mesmo guarda-chuva”. Trzeciak afirma que vai trabalhar para tentar incluir Estados e municípios no texto.
Danrlei de Deus (PSD)
Danrlei diz que tende a votar favoravelmente em razão da “necessidade do país”. O parlamentar diz que prefere que “cada um perca um pouco” agora ao invés de um cenário futuro onde os que mais precisam do benefício sejam penalizados.
No início da tarde desta terça-feira (9), ele destacou que estava terminando de ler o texto para ter um posicionamento mais concreto.
Darcísio Perondi (MDB)
Perondi afirma que a reforma combate os privilégios e é fundamental. O deputado entende que o saldo da mudança em 10 anos é boa e vai impactar favoravelmente na retomada da economia.
Giovani Feltes (MDB)
O deputado afirma que o Brasil está em desequilíbrio fiscal e precisa se reencontrar para “reverter a lógica” e começar a crescer, gerar emprego e renda. Feltes deixou claro que pode repensar seu voto caso o governo tente mudar algum ponto do texto em plenário, fazendo “proselitismo político-eleitoral”.
Jerônimo Goergen (PP)
O parlamentar afirma que o problema das contas públicas precisa ser resolvido por a retomada da economia. Goergen entende que a Previdência não pode continuar com o “rombo” atual, pois esse fator coloca em risco toda a população, inclusive quem já recebe o benefício. Ele também vai trabalhar para incluir Estados e municípios na proposta.
Liziane Bayer (PSB)
A deputada vota favorável ao texto-base e ainda avalia os destaques. Defende a aprovação do destaque que inclui Estados e municípios e avalia a questão envolvendo professores e policiais.
Lucas Redecker (PSDB)
O deputado acha que a questão da reforma é essencial para que os vencimentos sejam pagos em dia.
— A discussão não é ser contra ou a favor da reforma, mas se as pessoas querem receber aposentadoria no futuro com o déficit previdenciário que nós temos. A tendência, se manter como está, é que ninguém, em um futuro próximo, receba aposentadoria — declarou.
Maurício Dziedricki (PTB)
O deputado do PTB afirma que depois da comissão especial, com as reformas feitas no texto-base, ela está adequada. Na opinião dele, é necessário ter impacto na vida de todo o brasileiro, “em risco de ter quebras nesse contrato”.
Marcel Van Hattem (Novo)
O deputado, que lidera o partido Novo na Câmara dos Deputados, está alinhado com o governo Bolsonaro na proposta.
— Votarei a favor para fortalecer o combate ao déficit fiscal, reduzir privilégios e dar perspectiva de crescimento econômico, única forma do Brasil voltar a crescer e debater as demais reformas que o país precisa — afirmou o parlamentar.
Marcelo Moraes (PTB)
Assim como Dziedricki, o deputado considera que as mudanças na comissão especial foram necessárias para aprovar a proposta.
— O relatório aprovado já superou boa parte dos problemas da Previdência, no relatório, e iremos trabalhar em plenário para ver no que mais conseguimos avançar, como o trabalho intermitente e os 80% melhores salários (média pela qual se calcular o valor da aposentadoria) — afirmou.
Marlon Santos (PDT)
Apesar de o PDT ter fechado questão contra a reforma, o ex-presidente da Assembleia Legislativa comemora as alterações feitas no projeto.
— Do jeito que está, eu voto a favor. Eu pedi que não fizesse capitalização, que o produtor rural ficasse de fora, as pessoas da segurança também, que o BPC (Benefício de Prestação Continuada) tivesse a regularidade com o salário mínimo… Tudo foi atendido. Então, eu voto a favor — declarou.
Nereu Crispim (PSL)
O deputado vai cumprir a orientação da base do governo e defender o projeto de Jair Bolsonaro.
— É a única maneira de a economia voltar a ter um direcionamento, voltar a crescer novamente. O presidente Bolsonaro teve coragem de pegar junto. Minha única ressalva é que deveriam entrar os Estados e municípios. Tem de ser uma reforma para todos — afirmou.
Onyx Lorenzoni (DEM)
O deputado e atual ministro da Casa Civil afirmou, no final da tarde desta terça-feira (8), que irá trabalhar para votar o texto-base e derrubar os destaques.
Pedro Westphalen (PP)
O deputado do PP considera que a reforma é importante por ser uma política de Estado, não de governo.
— A reforma não é de um governo, é para o Brasil. A nova Previdência é o inicio de um novo país — afirmou.
Ronaldo Santini (PTB)
Assim como os demais parlamentares do PTB, Santini declara apoio à reforma, desde que com alterações.
— Vamos votar a favor e tentar ainda uma emenda de minha autoria que tenta incluir os municípios e Estados, além da questão da segurança pública. Defendo a igualdade para as categorias da segurança pública, que todos sejam tratados de forma isonômica. Vou brigar para melhorar, mas votar favorável — afirmou.
Ubiratan Sanderson (PSL)
Vai votar integralmente a favor do relatório do deputado Samuel Moreira aprovado na comissão, assim como também será favorável ao destaque do Podemos sobre regra de transição para policiais federais e policiais rodoviários federais nos mesmos termos das regras concedidas aos militares.
CONTRA
Afonso Motta (PDT)
O parlamentar entende que a reforma não respeita a dignidade humana e os direitos dos trabalhadores. Motta afirma que esses dois pontos são mais importantes do que o ajuste fiscal. Ele entende que a economia prevista pela proposta retira recursos dos integrantes do regime geral da Previdência que precisam mais da aposentadoria.
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