Futuro do Banrisul é debatido durante audiência pública em Camaquã
Mais de 90 pessoas participaram do encontro nesta segunda (10)
Mais de 90 pessoas participaram, na noite da segunda-feira (10), da audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público em Camaquã. O oitavo encontro regional da Frente debateu a ameaça de privatização ou federalização do banco, agravada pela inclusão da instituição financeira, da Corsan e da Procergs no projeto de consulta plebiscitária sobre a venda de estatais, por emenda de deputado da base aliada ao governo Sartori.
O coordenador da Frente, deputado Zé Nunes (PT), reafirmou que o Estado não tem necessidade de vender o Banrisul como forma de obter recursos para, por exemplo, garantir o pagamento dos salários do funcionalismo ou ceder às condições da negociação da dívida do RS com a União. Ele lembrou que a compensação dos créditos da Lei Kandir garantiria os recursos necessários e que o Executivo deveria enfrentar a sonegação de impostos e rever a política de desonerações. “O que explica esta decisão é o alinhamento dos governos estadual e federal ao projeto neoliberal, ao modelo de redução das funções do Estado e de venda de patrimônio público”, criticou o deputado, acrescentando que a Frente Parlamentar surgiu com um percurso de resistência de médio e longo prazo a tentativas de mudar o caráter público do banco.
Entre os encaminhamentos aprovados estão a sugestão de apresentação de moções de repúdio à venda do Banrisul e criação de espaços locais para descentralizar o debate sobre o futuro da instituição.
Além de Zé Nunes, participaram da audiência o deputado federal Elvino Bohn Gass, representante do deputado Juliano Roso, o vice- prefeito de Camaquã, Jair Martins, os prefeitos de Chuvisca, Joel Sudba, e de Dom Feliciano, Clenio Boeira da Silva, vereadores, sindicatos dos Municipários, de servidores da Corsan, dos Bancários e Cpers e a Fetraf.