“Eu puxei a pauta, mas não tive êxito. Alegam que seriam implicados financeiramente”, diz prefeito sobre negativa de outros municípios sobre o HNSA
Em entrevista, Ivo de Lima Ferreira destaca o impasse sobre o futuro do hospital de Camaquã.
No Programa Controle Geral deste sábado (06), o comunicador Alvorino Osvaldt recebeu na bancada da Clic Rádio o prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira. O tema central deste diálogo foi o impasse sob a futura administração do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA).
O prefeito inicia o diálogo, destacando a situação complexa em que se encontra a administração do HNSA, após a renúncia do presidente Márcio Silva:
“É uma situação muito complexa, muito difícil, que o nosso hospital está passando. Agora está chegando num ponto que está difícil de conseguir alguém para assumir o hospital e a gente está pensando na nossa população e naqueles 420 funcionários que está lá trabalhando”, afirma Ivo.
Conforme o prefeito, a diretoria do Grupo Hospitalar Vila Nova esteve recentemente no HNSA: “Esteve aqui toda a diretoria para olhar a estrutura do hospital, conversar com os funcionários e mostrou um grande interesse em assumir a gestão do nosso hospital. Nos pediram o prazo de uma semana, que venceu na quarta-feira (03), para emitir uma proposta”.
“Então ontem nos reunimos, porque então até às 17 horas era o último prazo para entrar alguma chapa. E as nossas mantenedoras não quiseram entrar com chapa. Até teve um nome que se colocou à disposição, o Dr Horta, mas a maioria decidiu que não vamos botar Chapa”, explica.
Segundo o chefe do executivo, se não houver ninguém apto, as instituições lançarão um novo digital ou nomear alguém entre as próprias mantenedoras para gerir o hospital.
Questionado sobre a repercussão perante o nome do Dr Horta nas redes sociais. Se houve uma rejeição significativa?
“Ele é um dos fundadores do no nosso hospital, acho que é o único ainda vivo Então a gente tem um respeito muito grande por ele, assim como tem muitos na nossa sociedade que também sentem rejeição por ele entendeu. Mas o fato é o seguinte, a gente tem que respeitar né, porque cada um tem a sua forma de agir, de fazer as coisas e muitas vezes tem pessoas que não gostam. O restante das mantenedoras decidiu por não colocar a chapa aí de fato e não foi protocolado nenhuma outra chapa Então temos esse abacaxi para descascar”, destaca.
Sobre a possibilidade de o município assumir a gestão:
“Não, não vejo nenhuma possibilidade, porque o que nós queremos é terceirizar para alguém que tenha experiência na Medicina, como no caso Vila Nova que esteve aqui. Para o presidente da instituição, ele disse o que eles querem é o seguinte, eles querem assumir o hospital, mas querem entrar com outro CNPJ.
O prefeito explica que junto a Prefeitura de Camaquã, o HNSA tem mais 14 fundações mantenedoras e que a responsabilidade é de todos.
Questionado sobre a atitude dos demais municípios que utilizam o Hospital Nossa Senhora Aparecida?
“Eu puxei essa pauta dentro do consórcio, mas não tive êxito. Fizemos reunião no hospital, eles alegavam que seriam apontados por pagar em duplicidade. Não sei é muito mais fácil você ser apontado por não ajudar, que se apontado por ajudar. Não tivemos êxito”, destaca.
Sobre o apoio dos deputados que promovem suporte ao município de Camaquã? Se eles se mostram sensíveis a situação?
“Sim, tem bastante emenda, só que a emenda de Deputado tem uma época né! Você promete e mostra ó tá aqui o dinheiro. Tá ali o dinheiro, só que até chegar na destinação final leva de 4 a 5 meses. A burocracia é muito grande.
O chefe do executivo finaliza a entrevista, pontuando que tem esperança de que uma instituição experiente na área da saúde assuma o HNSA. Confira a entrevista na íntegra.