Em reunião na Câmara, taxistas de Camaquã relatam sentimento de insegurança
Taxistas relataram desafios com a instabilidade econômica e com os preços dos combustíveis em constantes variações, além da insegurança nas ruas
Em reunião na Câmara de Vereadores com o presidente do Poder Legislativo, taxistas de Camaquã relataram sentimento de insegurança vivido nos últimos meses. Presidente Vinícios Araújo recebeu em seu gabinete alguns representantes da classe dos taxistas de Camaquã.
- Polícia Civil prende dupla acusada de assaltar taxista em Camaquã
- Exame confirma que corpo encontrado carbonizado é de taxista camaquense
Na oportunidade, foram tratados de assuntos relacionados a categoria como segurança, questões sobre o atual cenário de viabilidade operacional e de matérias em tramitação na Câmara de Vereadores que são de interesse dos taxistas.
Atualmente os taxistas enfrentam enormes desafios com um quadro de instabilidade econômica e com os preços dos combustíveis em constantes variações, além de enfrentarem um mercado cada dia mais competitivo, onde a conquista de novos clientes e receber um valor justo pelo serviço são fundamentais e um grande desafio para a profissão.
- Taxistas relatam insegurança: “Tu sai pra trabalhar e não sabe se volta pra casa”
- Carro encontrado queimado é de taxista camaquense, informa Polícia
Assalto e assassinato
No mês de junho, dois crimes chocaram a comunidade camaquense. O primeiro ocorreu no dia 22 de junho, quando um táxi foi encontrado queimado em Camaquã. No interior, o corpo do conhecido taxista Werno Peglow, de 66 anos. Dias depois, um taxista foi assaltado a mão armada por uma dupla, que foi presa algumas semanas após o ocorrido.
O repórter Celiomar Garcia conversou com taxistas que trabalham junto à Rodoviária Estadual de Camaquã, que relataram um sentimento de insegurança:
“A gente fica bem apreensivo. Isso aqui é o sustento da nossa família, mas hoje tu sai pra trabalhar e não sabe se volta para casa. […] A gente fica apreensivo”, contou o taxista Charles.
Junto com ela, a conhecida Jô do Táxi, que atua na profissão há mais de 10 anos, e Flávio, que completou um ano na profissão. Dentre eles, o mais antigo é Daniel, que trabalha há 43 anos como taxista.
Os taxistas falaram sobre o ocorrido com Werno Peglow, um dos profissionais mais antigos de Camaquã.
“Aconteceu esse fato lamentável com o Werno e a gente não tinha nem passado por isso e um colega nosso foi assaltado. Levaram o carro dele, mas ele conseguiu fugir. A gente tá se sentindo inseguro. Quero parabenizar a Brigada Militar e a Polícia Civil, mas infelizmente a nossa Lei não funciona. Tá ali o bandido, é comprovado, mas a lei solta”, complementou Charles.
O profissional ainda relatou que no assalto ocorrido no dia 26 de junho, os suspeitos já haviam sido interrogados e liberados e a vítima, um colega taxista, seguiu lidando com a burocracia para retirar o seu veículo. “O táxi dele foi para a perícia, ele foi interrogado, e enquanto isso, os bandidos já haviam sido soltos, até para cometer um novo delito”, lamentou.
Assista a entrevista exclusiva com os taxistas: